Não é por não ser técnico de Educação e Ensino que me deva excluir de um dos debates mais urgentes para Portugal neste momento.
Algumas das questões que têm a ver com os nossos déficites de desenvolvimento exigem medidas cujos resultados não são imediatos, estão neste caso, a Educação e o Ensino. O êxito de qualquer medida ou reforma, deveria exigir a necessidade de acompanhamento constante e avaliação permanente ao longo de anos, para além do pragmatismo por parte das forças políticas que venham sucessivamente a lidar com essas alterações, o interesse dos pais e um empenhamento genuíno dos alunos, mas não só, também o cidadão comum, contribuinte, deveria não perder de vista o resultado da aplicação dos seus impostos, fiscalizando, de forma a manter em alerta todos os operadores deste sector, tão neglicenciado ao longo dos últimos tempos em Portugal.
Grande parte do nosso esforço, deveria estar para aqui a convergir, sem que isto queira só dizer mais dinheiro, embora, também nada se consiga se não se considerar que foram décadas e décadas de abandono e falta de investimento. Acho que se for possível ter uma sociedade cívil actuante que queira, dentro da sua esfera de acção, participar no debate dos graves problemas do Ensino, é também possível ajudar e mobilizar alguns agentes que, ou muito me engano, ou o único motivo que têm neste momento, é um emprego. Se, de alguns professores conhecemos a sua impreparação e/ou vocação, de outros sabemos como se conseguem exceder nas condições em que trabalham. Isto leva-me a um pensamento recorrente que é o da dignificação da carreira de professor. Não me parece que seja possível alcançar os objectivos sem que o professor volte a ter o estatuto profissional que já teve e merece, numa cadeia hierárquica de profissões (não confundir com estatuto remuneratório), o que implica obviamente separações de trigo e joio. Como não sou professor, isto não é corporativismo!
Aquilo que deveríamos conseguir era um debate permanente à maneira de uma sociedade evoluida. Deveríamos conseguir obter mais prime time e primeiras páginas desta questão e menos de futebol celebridades e quintas, porque os gostos e isto é mais do que sabido, também se educam. Chegamos então a um sector incontornável: a Comunicação Social. Não é possível fazer hoje alguma coisa com a rapidez que se exige sem este poderoso meio. Sabemos como andam muitas vezes ao sabor de interesses circunstanciais, mas sem que este grande veículo se disponha a servir de comunicador não é possível chegar lá com a pressa que queremos.
Vem isto a propósito do lançamento da nova revista sobre Educação e Ensino, “Pontos nos ii”, do Jornal O Público, no dia 10 de Janeiro, dirigida pelo Professor Santana Castilho. Aqui está um exemplo da aplicação possível do que dizíamos e que há agentes empenhados cujo conhecimento não podemos desaproveitar, com propostas válidas para o debate que o sistema educativo exige e para a aplicação urgente que todos os anos tarda.
Algumas das questões que têm a ver com os nossos déficites de desenvolvimento exigem medidas cujos resultados não são imediatos, estão neste caso, a Educação e o Ensino. O êxito de qualquer medida ou reforma, deveria exigir a necessidade de acompanhamento constante e avaliação permanente ao longo de anos, para além do pragmatismo por parte das forças políticas que venham sucessivamente a lidar com essas alterações, o interesse dos pais e um empenhamento genuíno dos alunos, mas não só, também o cidadão comum, contribuinte, deveria não perder de vista o resultado da aplicação dos seus impostos, fiscalizando, de forma a manter em alerta todos os operadores deste sector, tão neglicenciado ao longo dos últimos tempos em Portugal.
Grande parte do nosso esforço, deveria estar para aqui a convergir, sem que isto queira só dizer mais dinheiro, embora, também nada se consiga se não se considerar que foram décadas e décadas de abandono e falta de investimento. Acho que se for possível ter uma sociedade cívil actuante que queira, dentro da sua esfera de acção, participar no debate dos graves problemas do Ensino, é também possível ajudar e mobilizar alguns agentes que, ou muito me engano, ou o único motivo que têm neste momento, é um emprego. Se, de alguns professores conhecemos a sua impreparação e/ou vocação, de outros sabemos como se conseguem exceder nas condições em que trabalham. Isto leva-me a um pensamento recorrente que é o da dignificação da carreira de professor. Não me parece que seja possível alcançar os objectivos sem que o professor volte a ter o estatuto profissional que já teve e merece, numa cadeia hierárquica de profissões (não confundir com estatuto remuneratório), o que implica obviamente separações de trigo e joio. Como não sou professor, isto não é corporativismo!
Aquilo que deveríamos conseguir era um debate permanente à maneira de uma sociedade evoluida. Deveríamos conseguir obter mais prime time e primeiras páginas desta questão e menos de futebol celebridades e quintas, porque os gostos e isto é mais do que sabido, também se educam. Chegamos então a um sector incontornável: a Comunicação Social. Não é possível fazer hoje alguma coisa com a rapidez que se exige sem este poderoso meio. Sabemos como andam muitas vezes ao sabor de interesses circunstanciais, mas sem que este grande veículo se disponha a servir de comunicador não é possível chegar lá com a pressa que queremos.
Vem isto a propósito do lançamento da nova revista sobre Educação e Ensino, “Pontos nos ii”, do Jornal O Público, no dia 10 de Janeiro, dirigida pelo Professor Santana Castilho. Aqui está um exemplo da aplicação possível do que dizíamos e que há agentes empenhados cujo conhecimento não podemos desaproveitar, com propostas válidas para o debate que o sistema educativo exige e para a aplicação urgente que todos os anos tarda.
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