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11 maio 2010

Entretanto...

"Uma professora do 1º ciclo, (…) admitiu ontem à direcção escolar ter dado "uns tabefes" a uma aluna com nove anos de idade, (…)

A direcção escolar aconselhou a professora a procurar ajuda médica, (…). E abriu um inquérito, do qual poderá resultar um processo disciplinar. A mãe da criança apresentou queixa na GNR (…)"

21 novembro 2008

Qual é a função do professor?

(Reeditado por inclusão de Nota)
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Tomar uma posição sobre a avaliação dos professores, não sendo professor, seria meter a foice em seara alheia com a possibilidade de o fazer de forma errada. Se o fizesse com base no que ouço, não seria mais do que debitar uns bitaites sobre alguma coisa que ouvi e nessas circunstâncias corria o tal risco de estar apenas a achar que. Prefiro assim escrever sobre o entendimento que tenho disto, balizado em percepções que tinha anteriores a este braço de ferro.

Devo confessar que depois das refregas para consolidação de Abril, algumas lutas me desiludiram, dando por mim muitas vezes quase levado para a defesa de corporativismos que abomino, por serem o contrário daquilo em que acredito. Tornei-me então mais cauteloso. Mas o que já escrevi sobre os Professores e o Ensino não deixam dúvidas e atestam a importância que atribuo à dignificação da sua carreira, sem a qual não me parece que venhamos a ter os tais grandes professores que nos ensinaram e respeitamos. Essa grande mudança, é também um processo doloroso para os professores mas parece que deve ser feita, e também por eles. Por aqui se vê que não vai ser fácil, porque serão também as relações pessoais a estar em risco.

Um dos problemas com que os professores se debatem, dizem-me, tem a ver com a panóplia das suas funções. É curioso, mas este blog está em posição de confirmar que isso é verdade. Experimente pesquisar no Google a frase: qual a função do professor. É isso, vem parar ao Arroios. Esta frase é a mais pesquisada no acumulado do Sitemeter deste blog, o que nos diz que há muita gente com dúvidas sobre o que deve ser a Função do Professor. Se assim é, há qualquer coisa por esclarecer e talvez os professores tenham a sua razão. Faça lá a pesquisa, Senhora Ministra!
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Nota: Algures neste blog, iniciei um post com esta introdução: "... Acresce que, em Portugal, a escola se tornou, sem meios humanos e materiais para tal, um espaço multifuncional: aulas, dinamização social e cultural, apoio social, despiste de casos de diversas disfunções, acolhimento multiétnico, integração do indivíduo na sociedade, ocupação de tempos livres, ... Relegando um discurdo de vitimização, é pertinente clarificar e fundamentar a amplitude da função de professor na actualidade."
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Extrato do artigo, "E se, porventura, o ME tivesse razão?", do Prof. João V. Faria, da Revista Pontosnosii, de Outubro 2006.
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31 dezembro 2005

Ensino: Debate permanente

Não é por não ser técnico de Educação e Ensino que me deva excluir de um dos debates mais urgentes para Portugal neste momento.

Algumas das questões que têm a ver com os nossos déficites de desenvolvimento exigem medidas cujos resultados não são imediatos, estão neste caso, a Educação e o Ensino. O êxito de qualquer medida ou reforma, deveria exigir a necessidade de acompanhamento constante e avaliação permanente ao longo de anos, para além do pragmatismo por parte das forças políticas que venham sucessivamente a lidar com essas alterações, o interesse dos pais e um empenhamento genuíno dos alunos, mas não só, também o cidadão comum, contribuinte, deveria não perder de vista o resultado da aplicação dos seus impostos, fiscalizando, de forma a manter em alerta todos os operadores deste sector, tão neglicenciado ao longo dos últimos tempos em Portugal.

Grande parte do nosso esforço, deveria estar para aqui a convergir, sem que isto queira só dizer mais dinheiro, embora, também nada se consiga se não se considerar que foram décadas e décadas de abandono e falta de investimento. Acho que se for possível ter uma sociedade cívil actuante que queira, dentro da sua esfera de acção, participar no debate dos graves problemas do Ensino, é também possível ajudar e mobilizar alguns agentes que, ou muito me engano, ou o único motivo que têm neste momento, é um emprego. Se, de alguns professores conhecemos a sua impreparação e/ou vocação, de outros sabemos como se conseguem exceder nas condições em que trabalham. Isto leva-me a um pensamento recorrente que é o da dignificação da carreira de professor. Não me parece que seja possível alcançar os objectivos sem que o professor volte a ter o estatuto profissional que já teve e merece, numa cadeia hierárquica de profissões (não confundir com estatuto remuneratório), o que implica obviamente separações de trigo e joio. Como não sou professor, isto não é corporativismo!

Aquilo que deveríamos conseguir era um debate permanente à maneira de uma sociedade evoluida. Deveríamos conseguir obter mais prime time e primeiras páginas desta questão e menos de futebol celebridades e quintas, porque os gostos e isto é mais do que sabido, também se educam. Chegamos então a um sector incontornável: a Comunicação Social. Não é possível fazer hoje alguma coisa com a rapidez que se exige sem este poderoso meio. Sabemos como andam muitas vezes ao sabor de interesses circunstanciais, mas sem que este grande veículo se disponha a servir de comunicador não é possível chegar lá com a pressa que queremos.


Vem isto a propósito do lançamento da nova revista sobre Educação e Ensino, “Pontos nos ii”, do Jornal O Público, no dia 10 de Janeiro, dirigida pelo Professor Santana Castilho. Aqui está um exemplo da aplicação possível do que dizíamos e que há agentes empenhados cujo conhecimento não podemos desaproveitar, com propostas válidas para o debate que o sistema educativo exige e para a aplicação urgente que todos os anos tarda.