Amigos. O mundo já não é o mesmo de quando nos conhecemos e fizemos as nossas velhas amizades. Andamos tão depressa e a voracidade com que a humanidade consome o progresso é tal que nos empurra para esta vertigem que quase nos escondeu a forma como os nossos filhos cresceram.
Chegamos aqui depressa de mais. Não tivemos ainda tempo de aprender a seleccionar as coisas que evitariam que caíssemos neste vórtice. A nossa sociedade – a portuguesa - também não nos ajudou e não criou, ao contrário de outras, mecanismos de convivência social, cultural etc., que amortecessem o impacto e evitassem este espartilho em que nos metemos.
Até por isto o antigo postalinho de Natal, por exemplo, está cada vez mais arredado da vossa prática, esquecendo como é confortante aquela lembrança dos amigos. Agora são electrónicos. Mas é como os livros, nunca vão acabar, nós precisamos de os “ter” de os sentir nas mãos. Não se apoquentem, conheço a razão e eu próprio tinha prometido este ano não deixar os últimos que ainda insistem, perderem a tradição. Mas falhei outra vez e eles são capazes de a perder também, como vocês.
Prometam-me como eu prometi: pró ano não há mais SMS nem emails que substituam o nosso Postal de Natal.
Um Santo Natal para alguns. Um Feliz Natal para outros, e para os Mouros do Sul, basta-lhes um grande abraço.
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