Pude finalmente dizer a um Galego a força que teve o gesto daquela Galeguita que apanhava na praia o crude do Prestige. Era preciso dizê-lo e tinha que ser a um Galego, só ele poderia perceber e transmitir àquela menina o tremendo significado que tiveram as desculpas que serena, mas convictamente apresentou ao povo português, pelo comportamento desgraçado do governo espanhol. Ainda hoje me sensibiliza e me lembra o arrepio na pele, a enorme lucidez daquela jovem que sózinha e atolada no lodo, deu uma lição da grandeza e da razão de ser o povo de Espanha que melhor nos compreende e aceita.
Intervenho sempre com força aqui, em defesa do Povo da Galiza, sempre que se utiliza o termo de galego num sentido depreciativo, pela tremenda injustiça que se faz ao melhor dos povos de Espanha. Foi para Portugal que emigraram quando Espanha e Franco os esquecía e a vida era por lá dura. Têm hoje merecidamente numa das melhores colinas uma das melhores Casas de Juventude de Lisboa. Portugal e Galiza nunca estiveram de costas voltadas, pelo contrário, os bailaricos e Reveillons na sua antiga Casa na Rua da Madalena foram a prova disso. E estiveram comigo a comemorar Abril.
Aqui sim se justica o: Nuestros Ermanos.
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