29 abril 2006

"Os Apaniguados"

É urgente tratar esta questão: Uma coisa são os normais e justos direitos adquiridos, aqueles que dizem respeito á persistente e difícil vida de trabalho, ao longo no nosso período activo. Outra, são os anormais e injustos privilégios adquiridos, mordomias chorudas, claro! Á luz do Direito que muitas vezes anda torto, porque legislar é fácil mas bem é difícil, estará tudo direito. A Justiça pode assim continuar de olhos vendados que o assunto não é com ela. Sendo então impossível apelar para provedores de justiça em Direito torto, qual é o patamar possível? Nenhum? Ou é rasgar a cartilha e voltar ao ponto zero? Quem é capaz de abordar aqui nesta blogos esta Utopia? A questão para mim é em termos nacionais tão grave que só a penso em termos retroactivos: Quem? Como? Quando? E Quanto? Desafio os poucos que aqui vêm, a debater esta questão. Não aqui, porque a visibilidade urge e a questão merece mais do simples comentários. Digo de outro modo, quem tem coragem de deitar pedra montanha abaixo? De outra forma é guerra de alecrim e mangerona. Sugiro-vos o título: “Os Apaniguados”.

No seguimento de post anterior, Oligarquias & Sinecuras, aqui fica mais um dos exemplos de gente como – no Tugir - impaciente com o rebanho de pacientes em que nos tornamos:

(...) ” Blasfemo, quando penso nesta cambada de eleitos a mastigarem coisas que lhes não pertencem, coisas que geriram mal durante décadas, coisa de onde desviaram milhões dos propósitos a que se destinavam, coisas de onde pagaram (e pagam) ordenados e mordomias chorudas a apaniguados e que vêm agora, com a cara de pau de quem não tem responsabilidades, passar a factura a todos que, ao longo de uma vida de trabalho, sempre contribuíram com parte do seu ordenado para aforro da reforma.” (...)

(...) “ E, no maldito engarrafamento desta manhã, perdido nestes pensamentos enquanto os alarves do costume passavam pela faixa de segurança e os mais espertos aproveitavam qualquer distracção para se encaixarem na fila ultrapassando os que já lá estavam, meditava na legião de pacóvios que somos, no rebanho paciente em que nos tornámos, no incompreensível sentir de um povo que acha bem que todas as Tias de Cascais que nunca trabalharam na vida, consigam ter uma reforma fraudulenta como se tivessem sido mulheres-a-dias (...)”


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