15 julho 2007

Berardo e o CCB

Berardo tem o CCB a arder. Nunca como hoje vi o povão a olhar para arte moderna, por vezes estarrecido e intrigado com quadros em branco, outras tacteando mesmo a obra para lhe conhecer a textura. Fotografias e flashadas permitidas como nunca tinha visto numa exposição. Uma coisa é certa, por este lado Berardo está a ganhar a aposta, porque não é este Povo que tenho visto na fila das bilheteiras. O que ele está a fazer não é Arte, é negócio? Concordo, mas o que faz também o artista com a sua arte, não é negócio? No fundo, e contráriamente aos arremedos de mecenato de alguns banqueiros, ele não se limitou a comprar algumas obras para decorar os gabinetes e as salas de alguns Bancos, para lhes chamar Colecção Particular, ele comprou a colecção inteira.

Sei que isto não é pacífico, mas somos um país pequeno que precisa destas polémicas para alimentar muita gente, é como dizía José Gil “...Em Portugal nada acontece, “não há drama, tudo é intriga e trama”...”. Alimentamos com os nossos gostos telenoveleiros as nossas distracções do que é essencial.
Olhem, com o balanço que venho, até eu me permito brincar à arte com a arte dos outros. Aqui vai...


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