As necessidades destas pessoas vão muito além de uma sopa, basta olhar para qualquer uma para se perceber que precisam de mais higiene pessoal, precisam de ter acesso a consultas médicas que os recuperem de males de simples tratamento por vezes, precisam de um tecto e de roupas de agasalho no Inverno, precisam de ter zonas onde possam repousar sem ter que vaguear de arcada em arcada, colidindo constantemente com a sociedade que não pode e não sabe conviver com estes problemas, havendo já de prova suficientes conflitos, precisam de ter zonas onde possam ter um convívio possível e até, locais onde possam ainda experimentar a sua utilidade para a sociedade e quem sabe, a sua reinserção. Fazer com eles uma festa de vez em quando como acontece, se bem que louvável, é tapar o sol com a peneira e esquecer que há mais 364 dias. Na impossibilidade da resolução deste problema a montante, uma das hipótese de atenuar os seus efeitos sobre os atingidos e a sociedade, seria a concretização de um projecto nestes moldes:
1 - Ele tem que ser desenvolvido num local que possa reunir todas as condições para implementação de todas as necessidades atrás descritas em conjunto e não se confinar a uma reconversão do actual refeitório mantendo a mesma estrutura.
2 - Esse espaço, amplo, deveria ser obviamente dentro da cidade e de uso exclusivo. A sua dimensão deveria ser suficiente para poder acolher um projecto integrado.
3 - Deveria ser num local com alguma arborização e zonas verdes, de acesso fácil e livre mas condicionado. Este acesso condicionado resultaria melhor num espaço com entrada e saída única.
4 - Deveria ter estruturas de apoio privadas para os funcionários da Instituição, a pessoal médico, para-médico e de vigilância/segurança.
5 - A gestão e o suporte financeiro, para além do que actualmente suporta o que funciona actualmente na Av. Almirante Reis, ao Jardim dos Anjos, deveria ser encontrado numa parceria entre a Santa Casa e com outras Instituições de grande credibilidade como as que já citei e estou convencido o próprio cidadão de Lisboa não descartaria a ajuda intermitente ou permanente no apoio aos seus “Sem-Abrigo”.
6 - A construção de um projecto de raiz colocaria várias questões. Desde as de carácter financeiro ao da própria exequibilidade do projecto, em função da aplicação de um método para a resolução de um problema cujas perguntas não têm respostas definitivas, por estarmos a lidar com franjas que insistem na sua marginalidade à sociedade, daí a necessidade de integrar todos os que se dedicam ao problema
7 - O procura e o aproveitamento de estruturas disponíveis na cidade, pela Câmara Municipal de Lisboa em conjunto com o Governo e até instituições que historicamente se tem dedicado à assistência social, deveria encontrar soluções que financeira e logísticamente se enquadrassem nos requisitos, podendo nascer daqui uma Instituição exclusiva que aproveitasse as mais valias dos conhecimentos que a integrassem.
8 - Em tempos falou-se na desafectação do perímetro onde está instalado o Hospital Júlio de Matos e transferi-lo para outro local, aqui está agora uma boa razão para manter espaços destes dentro da cidade. Uma estrutura daquele tipo seria o modelo ideal a procurar e aquele que se enquadraria totalmente num projecto com a utilidade destes. A única alteração que lhe faria, admitindo a transferência do Hospital, seria a substituição daqueles muros por separador alto que permitisse a visibilidade igual ao existente no Ministério da Marinha no Terreiro do Paço e do Museu da Electricidade.
1 - Ele tem que ser desenvolvido num local que possa reunir todas as condições para implementação de todas as necessidades atrás descritas em conjunto e não se confinar a uma reconversão do actual refeitório mantendo a mesma estrutura.
2 - Esse espaço, amplo, deveria ser obviamente dentro da cidade e de uso exclusivo. A sua dimensão deveria ser suficiente para poder acolher um projecto integrado.
3 - Deveria ser num local com alguma arborização e zonas verdes, de acesso fácil e livre mas condicionado. Este acesso condicionado resultaria melhor num espaço com entrada e saída única.
4 - Deveria ter estruturas de apoio privadas para os funcionários da Instituição, a pessoal médico, para-médico e de vigilância/segurança.
5 - A gestão e o suporte financeiro, para além do que actualmente suporta o que funciona actualmente na Av. Almirante Reis, ao Jardim dos Anjos, deveria ser encontrado numa parceria entre a Santa Casa e com outras Instituições de grande credibilidade como as que já citei e estou convencido o próprio cidadão de Lisboa não descartaria a ajuda intermitente ou permanente no apoio aos seus “Sem-Abrigo”.
6 - A construção de um projecto de raiz colocaria várias questões. Desde as de carácter financeiro ao da própria exequibilidade do projecto, em função da aplicação de um método para a resolução de um problema cujas perguntas não têm respostas definitivas, por estarmos a lidar com franjas que insistem na sua marginalidade à sociedade, daí a necessidade de integrar todos os que se dedicam ao problema
7 - O procura e o aproveitamento de estruturas disponíveis na cidade, pela Câmara Municipal de Lisboa em conjunto com o Governo e até instituições que historicamente se tem dedicado à assistência social, deveria encontrar soluções que financeira e logísticamente se enquadrassem nos requisitos, podendo nascer daqui uma Instituição exclusiva que aproveitasse as mais valias dos conhecimentos que a integrassem.
8 - Em tempos falou-se na desafectação do perímetro onde está instalado o Hospital Júlio de Matos e transferi-lo para outro local, aqui está agora uma boa razão para manter espaços destes dentro da cidade. Uma estrutura daquele tipo seria o modelo ideal a procurar e aquele que se enquadraria totalmente num projecto com a utilidade destes. A única alteração que lhe faria, admitindo a transferência do Hospital, seria a substituição daqueles muros por separador alto que permitisse a visibilidade igual ao existente no Ministério da Marinha no Terreiro do Paço e do Museu da Electricidade.
De qualquer forma a Sopa dos Podres prova ainda a sua utilidade, mas a manutenção dos seus métodos e a repetição diária daquele cenário e o seu desenquadramento temporal precisam de urgente e radical alteração sob pena de provarmos que pouco evoluímos desde aqueles tempos de penúria.
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