Passadas as compras pelo leitor óptico a rapariguinha do hipermercado apresentou ao cliente à minha frente um formulário e perguntou se assinava aquela Petição. O cliente perguntou-lhe o que era aquilo e a moça lá explicou que se tratava de uma petição aos clientes para assinarem a favor dos hipermercados abertos durante todo o fim de semana, durante todo o ano. O cavalheiro encolheu os ombros e de caneta em riste perguntou-lhe o que achava. Com a memória ainda fresca das formações profissionais a moça lá encolheu os ombros, esquivou-se à parcialidade da resposta que lhe apetecia dar acabando por não ser conclusiva, levando em troca uma assinatura tão convicta, como acéfala.
Recolheu depois a lista e colocou-a de lado. Virando-se para mim, deu os bons dias e encolheu-me os ombros com um sorriso tão simpático e esclarecedor que merecia tudo menos uma estúpida e acrítica assinatura que a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) lhe estava a pedir que conseguisse. E foi assim desta forma torpe que foram conseguidas através das grandes superfícies deste país as 250.000 assinaturas que agora apresentam.
Que estúpidos mentores de sociedade de consumo são estes que não entendem que mais alguns postos de trabalho ali, são menos alguns comércios no interior das vilas e cidades? Como podem os centros das cidades voltar a dar-nos o frenesim que os dignifica? E a nobre livraria como resiste ao assalto do chouriço do Hiper? Quem consegue travar este lobby poderoso que desertifica e arruína a malha vital à sustentação urbana dos locais que habitamos para nos vir vender fruta e nabo espanhol? Por mim, nem um alfinete ao Domingo.
Recolheu depois a lista e colocou-a de lado. Virando-se para mim, deu os bons dias e encolheu-me os ombros com um sorriso tão simpático e esclarecedor que merecia tudo menos uma estúpida e acrítica assinatura que a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) lhe estava a pedir que conseguisse. E foi assim desta forma torpe que foram conseguidas através das grandes superfícies deste país as 250.000 assinaturas que agora apresentam.
Que estúpidos mentores de sociedade de consumo são estes que não entendem que mais alguns postos de trabalho ali, são menos alguns comércios no interior das vilas e cidades? Como podem os centros das cidades voltar a dar-nos o frenesim que os dignifica? E a nobre livraria como resiste ao assalto do chouriço do Hiper? Quem consegue travar este lobby poderoso que desertifica e arruína a malha vital à sustentação urbana dos locais que habitamos para nos vir vender fruta e nabo espanhol? Por mim, nem um alfinete ao Domingo.
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