Espreitei a recente carta do Bastonário aos Advogados e considero-a um documento importante para os operadores dos Direitos, mas arrisco em dizer que deveria ter um formato de Carta Aberta, porque a comunidade utente da justiça deveria conhecer as razões de algumas ineficiências, muitas das quais passam pelas denúncias ali apresentadas. Diria que tem em termos formais a vantagem de um texto simples e directo, claro para todos como aquele que se reconhece nas suas intervenções públicas, longe dos textos gongóricos e pedantes tão ao gosto de muitos – vide este exemplo/carta escolhido ao acaso, que: Illuminatuslex transcreveu, mas poderia ser outro, porque nem sei quem é o Dr. Maçarico, transcrito – e que não farão bem a ninguém a não ser apenas aos próprios.
Muitas daquelas denúncias já as tínhamos percebido: alguma Comunicação Social; os Ex-Bastonários; a conferência de imprensa patética do Conselho Distrital de Faro com aquele senhor a dizer barbaridades num estilo que deveria envergonhar, este sim, os advogados, e muitas outras movimentações tendentes ao mesmo.
Ficou para mim claro que estão aqui dois modelos em competição: um, a ver-se como casta a operar no universo do acesso à Justiça, e outro, a ver na aplicação da Justiça e na demolição dessa estratificação a razão de ser da sua força. Os advogados deveriam sentir orgulho por terem finalmente um bastonário que está a abrir as portas para renovar o ar daquela instituição e finalmente se equacionar a vida de tantos que por logro lá foram parar.
Muitas daquelas denúncias já as tínhamos percebido: alguma Comunicação Social; os Ex-Bastonários; a conferência de imprensa patética do Conselho Distrital de Faro com aquele senhor a dizer barbaridades num estilo que deveria envergonhar, este sim, os advogados, e muitas outras movimentações tendentes ao mesmo.
Ficou para mim claro que estão aqui dois modelos em competição: um, a ver-se como casta a operar no universo do acesso à Justiça, e outro, a ver na aplicação da Justiça e na demolição dessa estratificação a razão de ser da sua força. Os advogados deveriam sentir orgulho por terem finalmente um bastonário que está a abrir as portas para renovar o ar daquela instituição e finalmente se equacionar a vida de tantos que por logro lá foram parar.
Reeditado em 23/07/08.
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2 comentários:
Caro Graza, na sexta-feira passada, Carlos Pinto de Abreu, Presidente do Conselho Distrital de Lisboa da OA, assinou uma carta aberta ao Bastonário.
Pode lê-la na íntegra aqui:
http://www.oa.pt/cd/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?sidc=31634&idc=32038&ida=67837
Resumidamente, vai de encontro ao que tenho vindo a defender: Marinho Pinto excede-se nas palavras e no tom, por muita razão que tenha (e tem) em muitos dos pontos em que toca.
Pessoalmente, considero que esta 'guerra' está a ultrapassar os limites do razoável e todos os intervenientes são responsáveis pela imagem de anarquia e desgoverno da Ordem que estão a deixar ao cidadão comum.
Lamentável.
Abraço.
Ricardo S
Caro Ricardo, obrigado pelo link e desculpe não lhe responder aqui, mas a resposta motiva-me o post a seguir, pela visibilidade que entendo que merece.
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