22 agosto 2008

Tua fora dos carris

Porque só agora se descarrila no Tua? Não acredito na teoria da conspiração, quanto aos acidentes na linha e a sua relação com os interesses na futura barragem, porque é mau de mais para ser verdade. Proponho antes que se sigam análises comparativas de linhas com as mesmas características para se verificar o que nelas é diferente. Por exemplo, houve hoje uma questão que retive, enquanto via aquela espécie de autocarro , empoleirado em cima daqueles carris e depois vi os seus interiores vazios, com muito espaço para lugares em pé. A diferença que encontro, não comum a todas as outras, é uma questão de peso e volumetria. Fica a ideia que se trata de um veículo leve com uma deficiente relação com o volume. Em principio, composições únicas em circulação só conheço aquelas famosas automotoras de passageiros e essas como se sabe são mais compridas e baixas, e bastante mais pesadas. As outras são aquelas locomotivas robustas com uma tonelagem de respeito. Se existirem pequenos desnivelamentos provocados pela desagregação do lastro da linha, será muito mais fácil a composições pesadas, como eram os comboios antigos que lá passavam, fazerem com o seu peso o ajuste necessário para que não haja trepidação do carril. Com aquela (provável) falta de peso e fraca lotação, e deficiente aero-dinamismo, talvez não seja um veiculo com grande capacidade para se manter seguro se houver alguma irregularidade na suspensão da linha, conjugada com ventos laterais. Foi esta ideia de uma certa falta de robustez que me transmitiu a imagem que vi.
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Reedição: Dito isto, talvez não seja por acaso que ouço agora o Presidente da C.M.Mirandela perguntar à Refer e à Metro se aquele será o tipo de veiculo indicado para aquela linha.
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