A propósito do Jantar dos Conjurados que a Causa Real faz todos os anos e das comemorações do 1º de Dezembro, é preciso dizer que elas têm sido uma enormíssima injustiça a todos os que ajudaram a libertar-nos do domínio espanhol em 1640. Na verdade, a grande preparação foi dada pelo povo na Revolta do Manuelinho, que a partir de Évora em 1637, e depois por várias cidades do país, se revoltou contra o domínio dos Filipes. È verdade que coube depois aos Nobres, os 40 Conjurados, em Lisboa, concluírem o processo jogando pela janela fora os traidores, mas coisa semelhante já havia feito o povo em Évora ao corregedor Morais Sarmento, e foi aquele povo que deu o grito da revolta e desarmado sofreu as consequências com a entrada das tropas de Filipe IV de Espanha, para a repressão.
(...) “O corregedor André Morais Sarmento é um cachorrinho a obedecer às ordens de Madrid e às instruções de Lisboa. Convoca a Câmara de Évora para combinar a derrama do novo imposto. Os vereadores hesitam, sabem que vai haver agitação e revolta. Irritado, Morais Sarmento convoca para sua casa o borracheiro Sesinando Rodrigues, que é juiz do povo; e também o cuteleiro João Barradas, que é o seu escrivão. Ora promete, ora ameaça, tenta forçá-los a um compromisso em nome do povo que representam. Eles resistem e o corregedor chama o algoz. Sesinando aproveita uma janela aberta e salta para a praça, grita que o querem matar. O povo miúdo, que já enche a praça, reage, assalta e incendeia a Casa de Morais Sarmento. O corregedor consegue escapar pelo telhado.” (...)
(...) “O corregedor André Morais Sarmento é um cachorrinho a obedecer às ordens de Madrid e às instruções de Lisboa. Convoca a Câmara de Évora para combinar a derrama do novo imposto. Os vereadores hesitam, sabem que vai haver agitação e revolta. Irritado, Morais Sarmento convoca para sua casa o borracheiro Sesinando Rodrigues, que é juiz do povo; e também o cuteleiro João Barradas, que é o seu escrivão. Ora promete, ora ameaça, tenta forçá-los a um compromisso em nome do povo que representam. Eles resistem e o corregedor chama o algoz. Sesinando aproveita uma janela aberta e salta para a praça, grita que o querem matar. O povo miúdo, que já enche a praça, reage, assalta e incendeia a Casa de Morais Sarmento. O corregedor consegue escapar pelo telhado.” (...)
Um texto interessante, leia o resto aqui sobre o Manuelinho, no Vidas Lusófonas.
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