Comentário rececibo por email, com autorização de publicação:
"Soluções tardias, mas necessárias.
Este artigo de Francisco Jaime Quesado, no Jornal de Negócios, procede a uma análise rigorosa da actual situação económica do país e à formulação de um plano de intervenção coerente para ultrapassar as principais deficiências estruturais do respectivo aparelho produtivo. Para ter o meu total acordo, apenas lhe faltou contemplar a nacionalização dos sectores fundamentais da economia e acrescentar em adenda que as medidas preconizadas, com efeitos apenas a longo prazo, deveriam ter sido implementadas nas décadas das vacas gordas (anos 80 e 90). Mas, para desgraça do país, as lideranças políticas desse tempo embasbacaram-se perante o esplendor do betão (algum era necessário) e das obras de fachada, estratégia esta que veio a revelar-se ruinosa nos períodos subsequentes. Neste sentido, a mentalidade de Cavaco e Guterres pouco se diferenciou da dos patos bravos. Para promover o crescimento do PIB, apostou-se mais no consumo interno no que no potencial das exportações, e não se criaram as condições para desenvolver os factores que garantissem a sustentabilidade futura, tais como a elevação das qualificações profissionais, através da educação e de uma verdadeira formação profissional, e a instauração de um modelo económico norteado pelo rigor e apoiado na procura da eficiência, de uma elevada produtividade e de um maior valor acrescentado, adoptando-se práticas inovadoras e invertando a crónica política de baixos salários. Acontece que as medidas até agora assumidas pelo governo não vão nesse sentido. Conceder avales à banca e nacionalizar os seus prejuízos é dar o ouro aos bandidos. Quanto às medidas para proteger o emprego (ainda não conhecidas), esperemos que elas não se reduzam à atribuição de generosos subsídios às empresas, que facilmente serão tentadas a repetir o regabofe dos subsídios para a formação profissional, que se esfumaram, através de esquemas fraudulentos, para os bolsos de empresários sem escrúpulos. Alexandre de Castro"
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"Soluções tardias, mas necessárias.
Este artigo de Francisco Jaime Quesado, no Jornal de Negócios, procede a uma análise rigorosa da actual situação económica do país e à formulação de um plano de intervenção coerente para ultrapassar as principais deficiências estruturais do respectivo aparelho produtivo. Para ter o meu total acordo, apenas lhe faltou contemplar a nacionalização dos sectores fundamentais da economia e acrescentar em adenda que as medidas preconizadas, com efeitos apenas a longo prazo, deveriam ter sido implementadas nas décadas das vacas gordas (anos 80 e 90).
Mas, para desgraça do país, as lideranças políticas desse tempo embasbacaram-se perante o esplendor do betão (algum era necessário) e das obras de fachada, estratégia esta que veio a revelar-se ruinosa nos períodos subsequentes.
Neste sentido, a mentalidade de Cavaco e Guterres pouco se diferenciou da dos patos bravos.
Para promover o crescimento do PIB, apostou-se mais no consumo interno no que no potencial das exportações, e não se criaram as condições para desenvolver os factores que garantissem a sustentabilidade futura, tais como a elevação das qualificações profissionais, através da educação e de uma verdadeira formação profissional, e a instauração de um modelo económico norteado pelo rigor e apoiado na procura da eficiência, de uma elevada produtividade e de um maior valor acrescentado, adoptando-se práticas inovadoras e invertando a crónica política de baixos salários.
Acontece que as medidas até agora assumidas pelo governo não vão nesse sentido. Conceder avales à banca e nacionalizar os seus prejuízos é dar o ouro aos bandidos. Quanto às medidas para proteger o emprego (ainda não conhecidas), esperemos que elas não se reduzam à atribuição de generosos subsídios às empresas, que facilmente serão tentadas a repetir o regabofe dos subsídios para a formação profissional, que se esfumaram, através de esquemas fraudulentos, para os bolsos de empresários sem escrúpulos.
Alexandre de Castro"
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