Aceito o convite e farei sempre daqui pela Paz, uma cadeia.
Como outras de improváveis proveitos já quebrei, e sabe-se lá o que perdi, não que os não queira mas porque até das boas intenções há quem queira tirar outros proveitos, não posso deixar que alguma coisa de muito valioso se perca, só porque faltou aqui a força da minha convicção.
Perfilo-me então com o garbo que o momento merece, mas tenho já que alertar com um meio olhar sobre o ombro, quem teima curvado em tentar descobrir a paz no seu umbigo, esquecendo a postura vertical da formatura.
Trago para isto Stolerov e Andrea Bocelli, que pedem ambos para que "Deixem a Palestina em Paz! para que Deixem Israel em Paz!"
Como outras de improváveis proveitos já quebrei, e sabe-se lá o que perdi, não que os não queira mas porque até das boas intenções há quem queira tirar outros proveitos, não posso deixar que alguma coisa de muito valioso se perca, só porque faltou aqui a força da minha convicção.
Perfilo-me então com o garbo que o momento merece, mas tenho já que alertar com um meio olhar sobre o ombro, quem teima curvado em tentar descobrir a paz no seu umbigo, esquecendo a postura vertical da formatura.
Trago para isto Stolerov e Andrea Bocelli, que pedem ambos para que "Deixem a Palestina em Paz! para que Deixem Israel em Paz!"
“De Lisboa para Gaza
(no dia de um cessar fogo)
Cercada pelo nevoeiro
a minha rua tornou-se cinzenta,
tantas gotas nascem da neblina,
pontinhas frágeis de luz pegadas
aos torcidos ramos das árvores descuradas
do jardim que mal sobrevive
atrás de um muro antigo
decorado com remendos e manchas de musgo –
à frente da minha janela,
são centenas de lágrimas que brotam,
donde virão em breve folhas e flores.
Vivo o esplendor do momento e do futuro,
sentindo apenas um frio ligeiro nos dedos,
enquanto protegido na minha privacidade
escrevo sobre bairros modernos,
bairros secos e ensolarados,
onde chove só fogo e fósforo,
onde nasce tanta morte
e mal resiste a vida,
um cemitério cercado por muros novos,
onde verde pode ser a cor de bandeiras
mas brancas são sempre as mantas dos defuntos,
bairros densos de desgraça, desertos humanos,
que terão de aguentar o presente
até a Primavera.
alan stolerov
18 Jan. 09"
.
5 comentários:
Belíssimo!
Entrego-lhe também as lágrimas que bailam nos meus olhos...
Entrego-lhe a pureza de coração porque conscientemente vou fazendo a minha parte...(por nós, por vós e por eles - pelos nossos/vossos e deles em família também).
Entrego-lhe finalmente a minha gratidão extensiva á do mundo que pensa e aje em comunhão... desconhecidamente em silêncio. Os que se maifestam aos berros "contra" este/s ou aquilo...raramente têm razão.
Deixo o prazer enorme... em conhecer este blog.
Sempre...
Mariz
Saindo com um sorriso sereno
erata:
"manifestam"
Enxugo-lhe as lágrimas, aceito-lhe a pureza mas devolvo a gratidão.
Contudo, acha que Cristo - se acreditarmos - não teve que dar uns berros no Templo?
:) Foi assim que chegou o sorriso.
Voltei aqui e li...
É! Os vendilhões do Templo, continuam por todo o lado...minando.
Mas há-de chegar a hora - penso que não muito tardia - em que os veremos cairde todos os cadeirões de "ouro velho".
Aí, não deitarei lágrimas...ao contrário, o meu sorriso será rasgado!
Penso que o seu também.
Aguardo serenamente sem medos, esse dia, porque sei que essa Força virá, mas também a Protecção de QUEM TEM REALMENTE PODER!
Fique bem
Sempre...
Mariz
Passando para informar que tem mais um acréscimo final no meu blog para si e para os paris...
Até lá...
Mariz
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