As origens deste blog remontam ao período difícil em que Santana Lopes e José Luís Arnaut queriam à força implementar a Lei dos Despejos no arrendamento urbano. Estaríamos hoje a viver momentos conturbados se aquele par tivesse continuado e concluído a lei. Mas estão aí outra vez, Santana chegará à Câmara (por estranho que pareça) se a Esquerda não tiver juízo, e Arnaut que atravessou o deserto já é visto ao lado de MFL e não tenho dúvida que farão sangue nesta matéria se lá chegarem. Arnaut reconheceu mesmo ter a sua família muitos bens em propriedade urbana, e eu acrescento que era escandalosa a pressa e o nervoso com que tentava finalizar aquela lei antes de sair, parecendo legislar em causa própria.
No Expresso, li sobe a manutenção da posição do PS nesta matéria, e isso, é para mim motivo para afirmar que se for mantida esta coerência não terei dúvidas em votar PS na próxima consulta. Isto não é um apelo despudorado, é cada um a fazer pela sua vidinha estando farto de ser trouxa, e porque não vi nenhum dos outros partidos colocar-se ao lado dos inquilinos quando tivemos as calças nas mãos. O que vi foi uma colagem através de algumas sessões públicas para manter votos e a imprensa, com o Público à cabeça, a ser a representação do Sector Imobiliário, movido por elevados interesses publicitários.
Como se sabe, aos Proprietários não chegam os 60 000 fogos devolutos que mantêm em Lisboa em pousio especulativo, reclamam ainda a liberalização total do arrendamento, apesar de já poderem alugar pelo preço que quiserem e pelo prazo que entenderem. Sobre isto respondeu agora o PS: “Decisivo é dar prioridade à reabilitação e colocar prédios devolutos no mercado de arrendamento. Não é uma estratégia facilitar o despejo de idosos”, afirmou o secretário de Estado da Administração Local. Eduardo Cabrita que reagiu assim às propostas da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) de que os contratos de arrendamento antigos caduquem em três anos. Leram bem: caduquem, o sublinhado é meu... É esta oportunidade que espreitam com uma vitória da Direita.
“Há um compromisso do Partido Socialista de, no início da próximo mandato legislativo, reavaliar a aplicação da lei do arrendamento face ao regime jurídico da reabilitação urbana”
E um leitor comentou desta forma:
Recuperar os imóveis e aumentar rendas NÃO, a ALP não quer. Especular, com um bem de consumo de primeira necessidade, que ficou velho, podre, caduco e ultrapassado com o tempo, em que a única coisa que mudou para melhor foi a localização, SIM a ALP quer, claro.
(Atenção que o conceito de rendas antigas da ALP engloba rendas que para muitos até serão relativamente recentes)
Mas indo ao encontro da ideia da ALP de que os contratos de arrendamento antigos caduquem em três anos. Porque não, dentro de três anos também caducarem as escrituras de compra de todos os prédios e andares antigos e, estes serem vendidos em hasta publica na condição de serem efectivamente recuperados? (Uma escritura não é mais que um contrato)
No Expresso Primeiro Caderno de 27Jun2009.
No Expresso, li sobe a manutenção da posição do PS nesta matéria, e isso, é para mim motivo para afirmar que se for mantida esta coerência não terei dúvidas em votar PS na próxima consulta. Isto não é um apelo despudorado, é cada um a fazer pela sua vidinha estando farto de ser trouxa, e porque não vi nenhum dos outros partidos colocar-se ao lado dos inquilinos quando tivemos as calças nas mãos. O que vi foi uma colagem através de algumas sessões públicas para manter votos e a imprensa, com o Público à cabeça, a ser a representação do Sector Imobiliário, movido por elevados interesses publicitários.
Como se sabe, aos Proprietários não chegam os 60 000 fogos devolutos que mantêm em Lisboa em pousio especulativo, reclamam ainda a liberalização total do arrendamento, apesar de já poderem alugar pelo preço que quiserem e pelo prazo que entenderem. Sobre isto respondeu agora o PS: “Decisivo é dar prioridade à reabilitação e colocar prédios devolutos no mercado de arrendamento. Não é uma estratégia facilitar o despejo de idosos”, afirmou o secretário de Estado da Administração Local. Eduardo Cabrita que reagiu assim às propostas da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) de que os contratos de arrendamento antigos caduquem em três anos. Leram bem: caduquem, o sublinhado é meu... É esta oportunidade que espreitam com uma vitória da Direita.
“Há um compromisso do Partido Socialista de, no início da próximo mandato legislativo, reavaliar a aplicação da lei do arrendamento face ao regime jurídico da reabilitação urbana”
E um leitor comentou desta forma:
Recuperar os imóveis e aumentar rendas NÃO, a ALP não quer. Especular, com um bem de consumo de primeira necessidade, que ficou velho, podre, caduco e ultrapassado com o tempo, em que a única coisa que mudou para melhor foi a localização, SIM a ALP quer, claro.
(Atenção que o conceito de rendas antigas da ALP engloba rendas que para muitos até serão relativamente recentes)
Mas indo ao encontro da ideia da ALP de que os contratos de arrendamento antigos caduquem em três anos. Porque não, dentro de três anos também caducarem as escrituras de compra de todos os prédios e andares antigos e, estes serem vendidos em hasta publica na condição de serem efectivamente recuperados? (Uma escritura não é mais que um contrato)
No Expresso Primeiro Caderno de 27Jun2009.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário