17 fevereiro 2010

Desobediência civil!

Proponho a “desobediência civil aos jornalistas” como resposta ao desafio à “desobediência civil dos jornalistas” proposto por Joaquim Vieira, ex-Provedor do Público.

É que isto é mais uma forma do corporativismo que nos minou e com o qual a Democracia se está a debater cada vez mais, porque é o sistema de organização que melhor se resguarda da solidariedade necessária na construção de uma sociedade mais participada. É o egoísmo de uma classe profissional sobre as outras na imposição e defesa das suas actuações e interesses. Começamos a ter cada vez mais dificuldade na solidariedade às excepções quando elas se perpectuam em interesses próprios.

Não é difícil saber em que se traduzirá a nossa desobediência civil: é deixá-los ficar a escrever para que cada vez mais os jornais sejam oferecidos na caixa de um super mercado ou posto de combustíveis. Não somos obrigados a tomar como boas as regras que um qualquer Vieira nos quiser passar a impor, através das suas interpretações do que é interesse público, confundindo-as com interesses profissionais privados. Isto é o convite à barbárie se legitimado a todos. Vamos fazer como se diz aqui no Jumento: "tratar o cão com o pelo do cão".
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2 comentários:

Ricardo Sardo disse...

Tenho apontado vários double standards de alguns órgão de comunicação social. O Expresso e o Correio da Manhã têm sido os mais radicais. O que seja contra Sócrates, publica-se, o que seja contra Cavaco ou o PSD não se publica, é sigiloso... Que tristeza de jornalismo o nosso.
Abraço.

PS: para quando um post sobre a candidatura de Fernando Nobre e a mais do que previsível de Alegre. É porque desconfio que terá dúvidas em quem votar, certo?...

Graza disse...

A "tristeza de jornalismo" ficou plasmada naquela intervenção pateticamente teatral de Mário Crespo na Comissão de Ética. Estamos a viver momentos únicos, na nossa Comunicação Social.

Tem razão quanto a Nobre & Alegre. Estou em período de reflexão :-((