E para as recomendações que nos deixa sobre o que devemos fazer para controlar o défice. Então a culpa não é dos topos de gama das Águas, da Assembleia e de outros? Das C.P’s. e do tal do Banco de Portugal? E das empresas municipais e da praga dos institutos públicos? E dos gestores que se auto remuneram? E das empresas que facturam mas não pagam impostos porque estão sediadas em off shore? E dos que têm três e quatro reformas e um dos quais é melro mor? E das Guedes que vivem a parasitar a Segurança Social? E da pouca vergonha dos fundos pelos fundos em que se afundam? E do regabofe de quem parasita o Orçamento, vivendo há anos na dependência da dotação anual que os salários miseráveis alimentam? Porque não vão opinar para a vossa Freguesia? Desapareçam! A vossa receita é igual á que nos suga as veias. Aqui na barra lateral, José Gil alerta para uma coisa importante, leiam, porque é cada vez mais actual.
(*) Termo que não consta do dicionário das boas maneiras mas foi também usado por um famoso Primeiro-Ministro português.
3 comentários:
Não, claro, a crise é só para quem a sabe aproveitar: dá imenso jeito para ir levando mais uns tostõezinhos para umas offshores. Mas não nos preocupemos: quando começarmos a falir todos, quando as nossas fabriquetas, as herdades, as nossas casas e a mercearia da esquina já não valerem nada no mercado, esse dinheiro há-de regressar para nos comprar a pataco a dúzia.
Diga lá que a OCDE não sabe como se ffazem as coisas?
Um abraço.
Gostaria de estar a viver uma época em que uma qualquer revolução estivesse a renovar esperanças, mas uma revolução que esmagasse os egoísmos humanos e nos poupasse a esta ditadura dos novos liberais rendidos aos mercados e a este desfilar desmiolado de vaidades.
No despoletar desta recente crise ainda tive a ingenuidade de acreditar que os off shore iríam ter o seu tratamento, mas não, tenho que esperar a revolução...
Tem toda a razão, amigo Grazina. A crise não é igual para todos. A repartição dos seus custos não está a ser equitativa. A encenação com a presença da OCDE (tratou-se de uma hábil encenação, pois a OCDE manifesta sempre a sua opinião através de comunicados e do seu boletim, e nunca através de uma visita ostensiva, como a que fez ao nosso país)teve como único objectivo legitimar esta escandalosa falta de equidade na repartição daqueles custos, tentando fazer crer na opinião pública de que não havia outra alternativa.
Os rendimentos do capital ficaram a salvo de qualquer dedução e nem a promessa de uma lei que iria tributar os lucros dos bancos em função dos seus passivos nos tranquiliza, pois o presidente da CGD já veio dizer que qualquer imposto sobre os bancos seria repercutido nos clientes.
Eu nem sequer acredito que uma tal lei venha a ser elaborada.
Os bancos são as vacas sagradas do poder político, que os portugueses sustentam com votos e impostos.
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