Não quero mais nenhuma PIDE agora travestida de novos formatos, se não servindo interesses de causas fascistas, servindo outros inconfessáveis, mas sempre contrários á Liberdade que amamos. Merece prisão imediata a gente que chafurda nesta ignomínia, sejam jornalistas, magistrados ou pombos-correio. Em nome do que conquistamos em Abril de 74, é urgente que alguma força tenha o poder de travar o desvirtuamento daquilo que mais prezamos: podermos falar sem gravadores na linha, para servir jornalismo de sarjeta. Nem que tenha que ser outra vez um chaimite rasgando a Lei vigente, entrando-lhes porta dentro. Que nenhum canalha se aproveite das liberdades que lhe garantimos para nos falar de LIBERDADE. Apetece-me ter uma arma, e á maneira dos tuaregues disparar no ar como forma de mostrar a minha indignação. Aqui vai a razão:
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É um Post Scriptum da Opinião de José Leite Pereira, de Jornal de Notícias do dia 14. Valha-nos este jornalismo residual para quem a Ética é uma palavra com sentido. A referência foi encontrada em primeira mão neste excelente post de Ricardo Sardo, no Legalices, de leitura obrigatória. Mexam-se, actuem, isto não é uma questão de Direita ou de Esquerda é uma questão de Liberdade, transversal á política, seja a Edite, o Portas ou o Jerónimo. Os interesses por detrás deste jornalismo não podem sobrepor-se á nossa vontade.
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Re-edição: Como foi dito nos comentários deste post, Pedro Marques Lopes também escreveu assim indignado no União de facto, chamou-lhe: A Vulgarização da Infâmia. Ele não me levará a mal o tamanho do texto copiado. Não deixe de ler o resto no link:
“O DN, jornal onde escrevo, desceu ao nível do CM. (...) O que é inacreditável é estas coisas já não indignarem ninguém, olharmos para estas ignomínias e fingirmos que é normal; ficarmos calmos quando se transcrevem conversas privadas sem qualquer tipo de interesse que não seja o da mera coscuvilhice; ignorarmos estes actos sem que pensemos, um bocadinho que seja, no que isto representa para a nossa liberdade e para os nossos mais sagrados direitos. (...)”
“O DN, jornal onde escrevo, desceu ao nível do CM. (...) O que é inacreditável é estas coisas já não indignarem ninguém, olharmos para estas ignomínias e fingirmos que é normal; ficarmos calmos quando se transcrevem conversas privadas sem qualquer tipo de interesse que não seja o da mera coscuvilhice; ignorarmos estes actos sem que pensemos, um bocadinho que seja, no que isto representa para a nossa liberdade e para os nossos mais sagrados direitos. (...)”
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3 comentários:
O problema é que, à boleia do ódio a Sócrates e ao actual PS, se tenha aberto a caixa de Pandora onde se escondem os mais escabrosos abusos dos media. Há muito que chamo a atenção para o facto de, ao se estar a abrir um gravíssimo precedente, se venha, mais tarde e com outros naqueles lugares (governo, parlamentos, etc), a fazer exactamente o mesmo que agora se faz. Claro que aí já será tarde, por isso tenho lutado nesta questão, mesmo sendo acusado de querer defender ou proteger os visados destes ataques. Nada mais falso, obviamente, pois o que defendo são princípios e não pessoas. Ao contrário de outros, que se esquecem e moldam os seus princípios e valores por causa das pessoas.
Abraço e parabéns pela coragem em entrar também nesta luta pela Democracia.
Descobri, há pouco, este texto de Pedro Marques Lopes. Recomendo.
http://uniaodefacto.blogs.sapo.pt/375554.html
Ricardo, a defesa que tenho tomado de alguns principios, pela forma como tem andado na imprensa têm feito de mim um pró-Socrático, o que é como no seu caso, errado. Tenho é pela defesa da Democracia um enorme respeito, e estas questões das escutas interferem com os medos que ainda tenho pelo que vivi antes do Abril de 74. Não abdicar nesta defesa é o minimo que posso fazer, mas há quem possa fazer muito mais e o barulho do silêncio que faz incomoda-me demasiado.
Reconheço inteiramente que o que diz é verdade porque o vou lendo há muito.
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