A negligência tem que ter limites. O estranho caso da idosa que permaneceu morta durante 9 anos no seu apartamento, na Rinchoa, só descoberta quando o novo proprietário se preparava para a despojar do recheio onde ela se incluía esvaída dos fluidos corporais, sem que as autoridades tenham permitido arrombar a porta para despistar essa hipótese, deve ter um culpado. Tem que ter um culpado. E não devemos culpar disto nenhuma das corporações intervenientes, porque isto roça a bestialidade individual que entronca na tal falta de civismo, sempre alicerçada na chico-espertice de quem enverga uma farda, e se sente pairar acima de qualquer civil que precise dos seus brilhantes raciocínios e clarividências de espírito.
Mandaria o mais elementar bom senso, que aquela senhora - a vizinha que em vão tentava entrar em casa da infeliz idosa - fosse tratada com a probidade que qualquer cidadão merece, porque é tão lógico, que são os próprios vizinhos os que detêm a informação mais privilegiada de cada habitante local, pelo conhecimento dos seus hábitos diários, que não se percebe a arrogância do pensamento de tão iluminados muares - para não os promover na adjectivação - ao acharem que não valia a pena porque não cheirava mal. Não lhes cheirava mal, a eles, porque não há cavalgadura que reconheça o seu próprio cheiro. Deveria cheirar mal e bem mal… Leia a notícia aqui.
Mandaria o mais elementar bom senso, que aquela senhora - a vizinha que em vão tentava entrar em casa da infeliz idosa - fosse tratada com a probidade que qualquer cidadão merece, porque é tão lógico, que são os próprios vizinhos os que detêm a informação mais privilegiada de cada habitante local, pelo conhecimento dos seus hábitos diários, que não se percebe a arrogância do pensamento de tão iluminados muares - para não os promover na adjectivação - ao acharem que não valia a pena porque não cheirava mal. Não lhes cheirava mal, a eles, porque não há cavalgadura que reconheça o seu próprio cheiro. Deveria cheirar mal e bem mal… Leia a notícia aqui.
2 comentários:
Caro amigo, esta estória ainda vai dar, certamente, "buraco". É que suspeito que a penhora fiscal e consequente venda foram ilegais.
Abraço.
Ricardo, talvez seja infelizmente a única e justa reparação. Ninguém deveria poder lucrar agora com aquele património. Ele deveria servir a idosos a viver no mesmo risco.
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