- Não, não concordo, isto é humilhante para as pessoas, sabe? Por exemplo, na Tabacaria lá do bairro, ou no café que tem quiosquezinho ou assim, locais de maior proximidade onde as pessoas compram os passes, vão ter que expor ali a sua vida ao vizinho! Isto não deveria ser possível. Foi mais ou menos este o comentário de uma transeunte entrevistada na TV, perante a obrigatoriedade da amostra do IRS na compra do Passe Social.
O que sabe desta honra aquele Ministro naif, que ameaça a vida das pessoas com o ar despudorado mais cândido e sorridente, até provocatório, que já vi num ministro? Ter que sobreviver, suportando em silêncio privações, mesmo sendo considerado classe média, já é difícil, mas sujeitar esses portugueses ao vexame de abrirem a sua vida privada aos outros, tendo que exibir publicamente os seus ganhos, é que não deveria ser possível. Estão a tornar tudo mais penoso ainda, depois de nos terem dito que não viabilizavam um PEC porque ele era violento para a vida dos portugueses.
4 comentários:
Ainda nem tinha pensado bem nisto. De facto, trata-se de um governo liderado por um homem diferente. E quando isto der o buraco, de vez, fogem, como sempre fugiram. Uns para Bruxelas, outros para o privado, com ordenados principescos. E nós ficamos a pagar a sua incompetência.
Abraço.
Viva Ricardo! Tenho andado por aqui em banho maria! Não escrevo, nem vos leio. Ando anestesiado com tudo o que se vai passando aqui,e lá fora. Este país está mal e mundo anda perigoso...
Um abraço.
Grazina:
Eu já nem sequer consigo encontrar as palavras certas para caracterizar tudo o que está a acontecer a este país. Olho à volta, e não encontro qualquer referência válida para o nosso destino colectivo.
Alexandre.
Temos que começar a admitir que seria um milagre que desta vez a Europa fosse finalmente o nosso porto de abrigo. Se nunca o foi, porque seria agora? Só porque as distâncias se encurtaram? Confirmamos agora que não foi por acaso que a nossa aventura marítima resultou: Portugal estava asfixiado neste canto da península. Percebi isso na primeira vez que tive que ir à “Europa” e voltar: nunca mais chegava! Mas estou convencido que desta vez nos salvará a Ciência. Nós temos - pouco explicada - uma tara pela invenção, pela descoberta, cujos resultados estão à vista com tão pouco investimento feito. Será lento mas acredito que será por aqui, porque os nossos melhores jovens já perceberam que não é no seu ADN que está o problema. O problema é que não há investigação sem dinheiro. Até lá, vamos ter que conter o vómito que nos causam as declarações sobre a impossibilidade de por o capital a contribuir como contribuem os pobres. Preparemo-nos para TUDO! Sem esquecer que até a nossa auto-suficiência alimentar empandeiramos, por troca com o betão e roubalheiras afins. Alguns viram nisso um f---- -- ---- dum oásis…
Um abraço.
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