10 fevereiro 2012

Schulz num take à Bergman

Mais do que aquilo que disse o alemão Martin Schulz, sobre Portugal, perturba o silêncio dos outros que o ouviam. São os pensamentos não expressos, os olhares atentos e as palavras não ditas. Atentem no vídeo. Por muito que queiramos fugir ao preconceito de ver neles alemães, esta é uma leitura que se nos impõe pela força da imagem, parecendo que o realizador nos quis levar através delas a uma conclusão. Se quis, conseguiu, porque foi essa a que tiramos. Pode o senhor argumentar agora que estamos a fazer juízos de intenção, mas o facto é que uma imagem vale mais do que mil palavras. Ingmar Bergman, por exemplo, conduzia-nos pelos silêncios. Ali há também subentendidos, pensamentos contidos por diplomacia, e isso, foi o que mais perturbou nesta intrusão na política portuguesa, porque disse tanto ou mais do que ele quis dizer.

2 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Não o tinha lido nesta...
Seu post
será tema de uma minha próxima palestra...

(talvez segunda feira, que é, das feiras, a primeira...)

Graza disse...

Não sei se o post valerá o suficiente para ser tema, Rogério. Já o tema, sim, merece bem mais tempo de reflexão.