25 julho 2012

do Amor e da Revolta.

A todos os revolucionários de boa índole como eu que entendam a mensagem. Porque os amanhãs de cada hoje são sempre uma utopia.

“Quando falo é porque já não calo.
Quando falo é quando sinto a fome
e a dor que nos consome”
     .
    “Neste Campo” - Francisco Naia  (Pedro Osório e Jorge Palma) .
    Neste campo onde me canso tanto
    Ó meu lindo amor ai ai
    Neste campo onde me queima o sol
    Neste campo nada é meu
    Ó meu lindo amor.
    Tudo o que valho está no meu trabalho
    Ó meu lindo amor ai ai
    Tudo o que valho da manhã ao sol poente
    É de quem engana a gente
    Ó meu lindo amor.
    Quando falo é porque já não calo
    Ó meu lindo amor ai ai
    Quando falo é quando sinto a fome
    e a dor que nos consome
    Ó meu lindo amor
    É a revolta, já nada se suporta
    Ó meu lindo amor ai ai
    É a revolta que nos dá esta vontade
    de matar e de morrer
    quando a terra trabalhamos
    e não nos deixam colher.
    Ó meu lindo… amor … ai… ai
     

4 comentários:

Ana Paula Fitas disse...

Lindo, Graza :)
Obrigado!
Abraço.

Graza disse...

Foi com o canto que resistimos. É preciso voltar a ele.

Escolheu uma das palavras mais bonitas da língua portuguesa, gostamos tanto dela que não resistimos a pronunciá-la com vários is pelo meio. :)

Um abraço.

folha seca disse...

Caro Graza
Apesar de por qualquer razão não conseguir visualizar o vídeo, copie o titulo e fui ao You Tube e em boa hora o fiz. O poema é cheio de comteudo a cantiga é linda, mas sobretude sublinho a mensagem "A todos os revolucionários de boa índole como eu que entendam a mensagem. Porque os amanhãs de cada hoje são sempre uma utopia."
belo post.
Abraço
Rodrigo

Graza disse...

É bom saber que a mensagem chegou a algum lado Rodrigo. De facto, parece que estamos novamente num tempo em que as canções são necessárias. O inimigo não é bem o mesmo nem atua da mesma forma, mas somos novamente vítimas. Desta vez não temos a revolução industrial mas temos uma outra parecida, com a agravante de tudo estar a ocorrer num cenário de aumento exponencial na demografia mundial e dos privilegiados e novos detentores do poder, agora não da propriedade e latifúndio, mas da economia, se acharem acima da resolução dos graves problemas que nos começam a afetar a todos. Vamos entrar numa nova guerra, motivada pela escassez de dinheiro escondido em paraísos fiscais - já não bastava a que irá travar-se pelo direito de acesso à água. Há dezenas de triliões de dólares refugiados em pousio especulativo, isto está a causar a pobreza de tantos e o efeito só pode ser grave. Receio bem que desta vez nem as revoluções que cada país faça, sirvam para alguma coisa quando o problema se prepara para ser global.
Estou pessimista. Sem medo, mas pessimista.
Um abraço.