11 janeiro 2014

Arrumar a trouxa.

Já avisei o Ricardo, mas aviso agora todos. Estou seriamente a pensar em passar à clandestinidade. Bem sei que isto não se avisa, faz-se, mas as coisas estão ainda num patamar em que posso preparar o exílio na boa. Vou começar a arrumar a trouxa! Isto já deu a volta e nós ainda aqui andamos distraídos. Este tipo tem afinal um perfil estranho, lembra-me coisas más e estão a acontecer coisas que me assustam. Agora é aquela notícia bizarra sobre os jornalistas, amanhã é sobre os blogues e depois sobre o Facebook e vocês continuam aí na mesma, sentados à espera. Eu não. Vou basar. África. O magreb é capaz de ser uma alternativa, agora que eles caem mortos nas praias é só arrebanhar que esses vêm cordeiros e famintos. Vamos passar a ter a azeitona, vindimas, fruta, tudo apanhado na hora e eles quase pagam para fazê-lo e não refilam com falta de informação liberdade ou dos impostos. Soares dos Santos vai ser finalmente um homem feliz, mas também toda a corja de malfeitores que deixamos que nos assaltassem: primeiro o Parlamento, depois os órgãos de Comunicação Social, depois os bolsos, agora o garrote definitivo na C.S. já subserviente e amansada pela necessidade do sustento familiar, cortando a liberdade de informar que conquistamos em 1974. É isso, África está a ficar sem gente, e se tiver que aturar retintos filhos da puta que sejam eles gente que não conheço. Ficam cá os velhos, os hooligans da bola, e as Maria-vai-co’as-outras, não queiram ficar vocês.
Mando-vos notícias de Argel, talvez por uma qualquer rádio pirata, que o monarca de lá quer dar-se bem com a Europa e não me vai permitir uma frequência legal. Dou-vos algumas horas antes de apagar a luz, porque de outra maneira não viam o papel na porta.

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