25 janeiro 2014

Notícias da clandestinidade.

E pronto amigos, disse-vos aquilo antes de partir. Passei entretanto as passinhas do Algarve, mas cheguei! Argel é uma cidade simpática. Parece que estou no Algarve mas com o sol pelas costas, o que é bom porque não queimo as fuças. A primeira curiosidade é não ver afinal aqui mais camelos do que aí, a não ser que andem escondidos. Agora que aqui cheguei e me livrei desse tipo, dos Barretos, dos Soares, dos Santos e dos comentadores/jornalistas lambe botas – que é bem feito que lhes apertem o pipo da caneta - posso finalmente sair da clandestinidade e dizer que o Graza, sou afinal eu. A bandeira tritonal com o arroio que tem sido a minha identificação, continuará a sê-lo, mas porque as redes sociais decidem sobre a nossa identificação com a maior sem cerimónia, com os nossos nomes escarrapachados, quer estejamos com a língua de fora ou com uma valente bebedeira, decidi dizer que eu não sou afinal aquele Graza que têm identificado, mas sou este. Há uma diferença, e não é da máquina nem do modelo, é da falta de cuidado de cada um a decidir sobre a imagem dos outros. Se me publicarem nas redes e não tiverem o cuidado de ver se tenho a língua de fora ou estou com um grande cacho, não me identifiquem s.f.f.: é que para além disso, o álcool por aqui é um líquido incompatível com a fé dominante.
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Agora, vamos a eles! Que a porra desse país fede cada vez mais, mas não me confundam com um fedayin que a minha luta nem religiosa é e nem desse modo saberia como fazê-la. Ah, se virem o Manel Alegre digam-lhe que preciso dos contactos dele por estas bandas.
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P.S.: Estive para reverter este processo da identificação, porque acabaram de me dizer por cima do ombro, que não costumo ser narciso. Por mim foi um exercício fotográfico com uma intenção: eu, a máquina, o espelho e uma perspetiva de mim, por mim, sem rede. São riscos que se correm. Não gosto que se enganem a meu respeito, mas nada posso fazer por isso.

1 comentário:

Alexandre de Castro disse...

Por vezes, temos necessidade de nos olhar ao espelho e de fugir. Mas o problema, é que regressamos sempre ao ponto de partida.
Um abraço, amigo Grazina