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30 dezembro 2010

Alegre e a Cidadania.

O apelo que Manuel Alegre sentiu para manter a sua candidatura nas presidenciais de 2006, apesar do candidato lançado posteriormente ter sido Mário Soares, foi porventura um dos actos de Cidadania mais importantes na vida política portuguesa recente, porque partiu da justa reclamação dos direitos de um cidadão exemplar, com os quais veio a colidir depois a determinação oficial do seu partido. Isto é tanto mais importante quanto sabemos que a Democracia só vinga e se mantém como sistema saudável, se os cidadãos exercerem com grande virtude os seus direitos. Manuel Alegre fê-lo com uma convicção muito forte, tão forte que foi o cimento agregador de quem não se queria confinar no espartilho partidário que circunstancialmente não soube ler o sentimento dos cidadãos, que por uma razão igualmente forte quiz sentir a politica nas suas mãos, através daquele acto. A lisura deste processo pode ser comprovada no blog Alargar a Cidadania que dinamizou a campanha e foi um êxito neste novo formato de apoio, do qual a Candidatura extraiu um livro para memória futura.

Esta questão deixou marcas, porque parecia ser a primeira vez que a cidadania era exercida no país, tal era a convicção com que cada um participou. Aquele êxito não passou depois despercebido e até Cavaco não resistiu, e alguns tempos depois a cidadania era uma palavra que lhe saltava em cada discurso. Mas cada um é para o que é, e entretanto calou-se.

Não é de estranhar agora o comentário do Dr. Fernando Nobre sobre Alegre, a Cidadania e os apoios partidários, e porque Fernando Nobre não desconhece o histórico das duas candidaturas de Alegre está a ser injusto, parecendo querer apropriar-se do termo, por muito que se lhe reconheça a sua actuação na outra área da cidadania global solidária. Manuel Alegre não inventou a cidadania, claro, não reclama isso, mas foi entre nós, em termos políticos, quem melhor recuperou para o cidadão a consciência imperiosa do seu exercício. Este mérito, já ninguém o pode tirar, eu testemunho isso.

23 novembro 2010

Juventudes Partidárias

Aqui está um debate que não me recordo de ter sido ainda feito e que os nossos media habilmente contornam, por várias razões, e uma delas é seguramente porque acertaria em cheio em todo o espectro politico-partidário português, desde o Bloco ao CDS/PP. Bloquistas, Comunistas, Socialistas, Populares, todos têm nesta matéria, lá no fundo, alguma pequena vergonha que não confessam. Se não tiverem, então o caso é ainda mais grave e desses quero fugir a sete pés. Ora, se há debates que a sociedade civil pode promover e incrementar, este, é seguramente um deles, porque é órfão: trazer á tona aquilo que interesses partidários manhosamente escondem, ainda que nos digam que é a boa fé que os norteia e que lobotomias pré-frontais, como método, foi recurso de alguns mas não de todos.

Sigam primeiro este
Condutor, para ver como nos leva ás Juventudes Partidárias. Não sabe como participar ou incrementar esse grande poder que tem em si, a Cidadania? Veja aqui, foi simples: um blog, quatro amigos, a mesa de um bar e uma câmara. Imagine o que é possível fazer com este poder se quisermos questionar as tais letargias?

Mas atenção, as vanguardas nunca obtêm unanimidades... são até sempre polémicas.

26 maio 2007

Conseguir o Impossível

Já cá está!.

Foi uma experiência nova. Sabia que era possível se quiséssemos acreditar, partindo para a aventura nesta causa sem apoios partidários, apenas com a força das nossas convicções. Mobilizámo-nos, também aqui na net, com uma coordenação exemplar que se baseou apenas em recusar o protagonismo e fizemos isto contra as poderosas máquinas partidárias que do meu ponto de vista, arrasámos. Curiosamente, não deixei de pertencer à familia política onde sempre encontrei os meus valores. Uma nova forma de estar na política é possível, dá trabalho porque exige pensamento autónomo, é preciso é não ter medo disso.

Gostei de me ver lá dentro. Obrigado.