Mostrar mensagens com a etiqueta Natal. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Natal. Mostrar todas as mensagens

23 dezembro 2019

Natal 2019


"O Azevinho ou Ilex
A madeira do azevinho é muito pesada e, tal com a madeira do buxo (Buxus sempervirens), não flutua na água. É uma madeira branca ou acizentada, de textura fina e uniforme, dura e difícil de trabalhar. É muito apreciada em trabalhos de marcenaria. Absorve bem os corantes e é frequentemente tingida de negro para imitar o ébano, madeira africana usada nos móveis de luxo.

O azevinho é uma planta medicinal e muito tóxica: 20 a 30 frutos podem causar a morte a um adulto. O azevinho contém rotina, ilicina e teobromina e atribuem-se a esta planta propriedades antireumáticas, antipiréticas, antidiarreicas e espasmódicas Usa-se uma cocção das folhas de azevinho para tratar o reumatismo, a gota, a atonia intestinal, a diarreia, a febre e até a gripe. No passado usavam-se as folhas como diurético e os frutos como purgante ou vomitivo. Em doses baixas, primeira fase da intoxicação, os frutos atuam como um purgante drástico e depois causam diarreia, vômitos, convulsões e, no limite, a morte.

O corte de ramos de azevinho ligado a certas celebrações religiosas principalmente o Natal é na verdade um costume pagão muito antigo. Existem referências da utilização de azevinho nas festa Saturninas, em honra de Saturno, que se celebravam na antiga Roma (segundo a história o azevinho era a planta sagrada deste deus) As Saturninas ocorriam entre 17 e 23 de dezembro e nestes dias as casas eram decoradas com ramos e coroas de azevinho, bem como com gilbardeira (Ruscus aculeatus) e outros ramos de árvores e arbustos de fruto escuro. Com este gesto pretendia-se honrar certas deidades que estavam sob a tutela destas plantas. Os ramos e coroas desta plantas, depois de secos, eram queimados, para purificar.

Existe igualmente uma lenda cristã associada ao azevinho. De acordo com essa lenda, quando a Sagrada Família era perseguida pelos soldados do rei Herodes, que queria matar Jesus, o azevinho forneceu-lhe proteção. Reza a lenda que Maria, ao ver que os soldados estavam muito perto se aproximou de um azevinho (que na altura ainda era uma árvore de folha caduca) e lhe pediu que os escondesse. E, milagrosamente, as folhas do azevinho cresceram e esconderam a família. Muito reconhecida, Maria abençoou a planta, concedendo-lhe o dom de se conservar para sempre verde. E foi assim que o azevinho se tornou um arbusto de folha persistente. O azevinho tornou-se assim símbolo do Natal pelo seu papel de proteção de Jesus.

Esta associação ao Natal teve um elevado custo para esta espécie no nosso país. Está protegida por lei desde 1989". Fonte Wikipédia.

Dito isto, não te rales, porque o viveiro onde o comprei tem um certificado do ICN no balcão que o autoriza a transportar e a vender. Faz alguma coisa pela sobrevivência desta bonita espécie. Planta-o onde melhor entenderes desde que numa zona pouco ensolarada porque gosta do fresco. Se for numa sombra virada a norte apanha muito pouco sol. Vê se consegues que sobreviva.

Bom Natal, porque o festejo sempre, ainda que seja o lado humano que me arrasa sempre e não o religioso, porque esse ficou lá para trás nos tempos em que questionei todos os dogmas que não me faziam sentido. Cliquem nesta musiquinha, cantada pela Jana num dialeto indio Arapaho.



23 dezembro 2018

Natal 2018


Não é por ser Natal que quem o vive sorri obrigatoriamente pelo seu momento de vida correspondente. Haverá portanto estados, consoante o momento de vida de cada um. Mas é um facto que o Natal potencia um espírito que não encontramos noutra época do ano. Em mim, há sempre dois estados, se é uma data de festa e alegria, é por outro lado uma data em que mesmo ateu como sou me deixo tomar pelo estado contrário.

A minha infância foi passada em África cheio de saudades dos amigos e familiares que aqui deixei, e não tenho por isso recordações de Natais felizes vividos ao calor e nos confins do mundo. Se juntarmos o facto de não o celebrar pelo lado religioso, estar a celebrar com uma alegria q.b. esta festa da família é já qualquer coisa que só se pode dever a essa magia que a data encerra, é um facto. Mas se o vivo desse modo, também o vivo em alguns momentos por razões que estão lá para trás de uma forma mais recolhida. Uma coisa é certa, é uma data em que estão comigo todos os amigos que tenho e os que tive. Este ano, os que tive estão bem presentes e a ausência a pesar bastante. Já vos deixei a única árvore que poderia ter pintado neste Natal, deixo-vos agora neste link a minha canção de amigo, com um grande abraço.

 

16 dezembro 2014

Bom Natal pá!

Nunca tive jeito para construir natais: tenho-os apenas cá dentro, bem no fundo onde a memória seletiva não chega para os apagar.
Às vezes há circunstâncias que os desafiam. Este ano coube a uma pinha que me ia caindo na cabeça outras, são cães abandonados – recorrentemente – que numa noite fria e chuvosa de pelo molhado fazem o desafio. Mas passemos ao postal construído da pinha ao post só para desejar a todos que as memórias seletivas nunca consigam apagar os vossos.



07 dezembro 2013

Natal 2013. O meu postal.

“…amanhã compro um arco íris.
Estamos em época de saldos,
hoje a alegria é barata.”

de um “Doenças Raras”. 14 anos. Lido pelo próprio.
 

Tudo quanto eu disser, desenhar ou pintar, sobre o Natal, já alguém disse ou fez.
Por muito que se queira comemorar a alegria da vida, as diversas cores que ele pode ter lembram-nos o respeito que esses natais nos merecem. Este ano o Natal comemora-se novamente com as cores de muitos sofrimentos, tristezas, alegrias, esperanças, desesperos, e não sei se o Messias queria que fosse de outra maneira, de tal forma ando esquecido dos ensinamentos da catequese. Se queria, falhou.

Gostaria de ter estado na sala Doelen, em Rotterdam, com o coro holandês Deo Cantemus para ouvir este Silent Night com aquela acústica.


24 dezembro 2010

Memórias de Natal

Era um Natal carregado de humidade com uma névoa engrossada, quase chuva, mas de temperatura amena. Já tudo recolhera a suas casas e os retardatários para a ceia lá de casa tinham chegado. Procurava em vão uma última taberna onde pudesse comprar tabaco. No início da calçada estava parado um cachorrito preto, de pelo liso, meio molhado, que me interpelou sobre qualquer coisa inclinando a cabeça o espevitar das orelhas e um abanar do rabo. Dei-lhe apoio moral com um toque suave na cabeça que agradeceu, trocamos um olhar, e lá ficou como que á espera de alguém que lhe desse outra resposta que não aquela. O nevoeiro era agora chuva muito fina. A última tentativa que tinha para encontrar tabaco era nos cafés do centro do bairro, no jardim público. A rua era comprida e pouco iluminada por candeeiros antigos, iguais àqueles que se furtavam ao João Villaret, no tal filme já mil vezes visto. Das janelas das casas vinha uma claridade que ajudava a marcar alguns espaços iluminados na rua e as pedras borrifadas pela grande humidade reflectiam esses escassos pontos de luz. Já caminhava há algum tempo quando ao atravessar a rua olhei para trás e reparei na silhueta do cachorrito reflectida nas pedras de basalto preto gastas pelo tempo, já quase seixos redondos. Aquele pobre tinha-me seguido até ali durante todo aquele tempo. Aproximei-me dele. Das casas ouvia-se o som abafado do Twelve days of Christmas de Harry Belafonte. Desta vez não me interpelou, baixou a cabeça, julgo que num sinal de submissão. O pelo lustroso e limpo estava a ceder e começava a ficar encharcado. Voltei a fazer-lhe uma festa, agora com a palma da mão e disse-lhe mentalmente que não o podia levar. Parece ter confirmado no gesto aquilo que já sabia, e lá ficou parado.
.
No regresso, sem o tabaco que não consegui comprar e já molhado, ia decidido a dar-lhe uma outra consoada, mas a última conversa parece ter sido para ele decisiva. Deve ter continuado a sua busca por um coração mais mole naquela noite.
.
Não fosse a solidez das minhas convicções e perguntaria: Quem seria aquele cão que me pôs á prova e ainda hoje passados tantos anos me aparece sempre nas minhas memórias de Natal?
.
Se ele voltar algum dia, juro que terá um Natal seco e farto.
.

23 dezembro 2008

O Postal Virtual

Os poucos que o faziam por correio perderam a tradição. O postal é agora virtual e sem magia e vai para uma lista de endereços apenas num clique.
.
Cumprimos agora um ritual cada vez mais longe dos afectos que a nossa memória ainda nos trás, julgando cumprir o Natal, mesmo aqueles para quem esta quadra é um dogma de Fé. Compete-nos então escolher que tradições não queremos perder com a voracidade da evolução dos tempos.
.
Reedição do post de 2007.
.

25 dezembro 2007

Troca de Presentes


" Há algum tempo atrás, um homem castigou a sua filhinha de três anos por desperdiçar um rolo de papel de presente dourado.

O dinheiro era pouco naqueles dias, razão pela qual o homem ficou furioso ao ver a menina a embrulhar uma caixinha com aquele papel e a colocá-la debaixo da árvore de Natal.

Apesar de tudo, na manhã seguinte, a menina levou o presente ao seu pai e disse: “isto é para ti papá!”

Ele sentiu-se envergonhado da sua reacção furiosa, mas voltou a “explodir” quando viu que a caixa estava vazia .

Gritou e disse: “Tu não sabes que quando se dá um presente a alguém, se coloca alguma coisa dentro da caixa?”

A menina olhou para cima, com lágrimas nos olhos, e disse: “Oh, papá, não está vazia. Eu soprei beijos para dentro da caixa. Todos para ti, papá”

O pai quase morreu de vergonha, abraçou-a e suplicou-lhe que o perdoasse.

Dizem que o homem ainda hoje guarda a caixa e sempre que está triste, mal-humorado ou deprimido pega nela e tira de lá um daqueles beijos imaginários.


Desta forma simples, mas sensível, cada um de nós já tem recebido uma destas caixinhas douradas de pais, filhos, irmãos, avós, tios, primos, amigos...

Esta não é dourada mas lá dentro tem um presente muito especial para quem a receber.

Muitos sussuros de votos de Bom Natal e óptimo 2008! "
.
Este caixinha com estes votos, calhou-me a mim na troca de presentes de amigos neste Natal. Obrigado Zé e Mili, foi melhor do que se tivesse vindo cheia.

Autor do conto trazido pela Mili, desconhecido.

12 dezembro 2007

Música de Natal

Compensando os postais de Natal que não recebam, fica aqui durante esta quadra uma boa colectânea de Natal que encontrei. Aguarde apenas uns segundos.

Bom Natal a todos.

07 dezembro 2007

O Postal de Natal

Os poucos que o faziam por correio perderam a tradição. O postal é agora virtual e sem magia e vai para uma lista de endereços apenas num clique.

Cumprimos agora um ritual cada vez mais longe dos afectos que a nossa memória ainda nos trás, julgando cumprir o Natal, mesmo aqueles para quem esta quadra é um dogma de Fé. Compete-nos então escolher que tradições não queremos perder com a voracidade da evolução dos tempos.

Faço votos para que a memória vos traga um velhinho postal de Natal.