Não foram sempre as motivações económicos de Espanha em relação a Portugal que estiveram na base dos “iberismos” passados e que tanto mal nos causaram, em guerras com Castela e em domínios Filipinos não desejados? Alguma vez aconteceu, desde a fundação do Condado Portucalense que o povo português se tivesse virado para Castela de braços abertos, cheio de motivações afectivas, pedindo uma união? Eu fico completamente atónito quando vejo meia dúzia de cretinos comandarem não sei de onde os cordelinhos para que todos os dias estejam a sair artigos “fabricando” teorias traidoras de supostos desejados Iberismos. Não me espanta se amanhã der com mais dois artigos bacocos no jornal tecendo loas à porra do interesse económico pelo qual comandam a suas vidas, como base de partida para se sentirem aurorizados a falar em nome do povo português, reclamando a oportunidade do Iberismo. Termo tão vago. Tão oco do sentido de nação que só o podem achar justificado pela configuração geográfica que encerra. Quando o termo “Ibero-...“ aparece, é sempre Espanha que lá está. Nós, é acidente, é forçar abrangências que a história tem negado. Só algum tipo de castração da honra poderá aceitar que se deixe colocar a questão.
Alvin Tofler explicou bem no seu livro "A Terceira Vaga", quando escreveu sobre a evolução das sociedades, como seria esta questão da emergência dos nacionalismos. Fez previsões, extrapolando a partir de resultados que se vinham consistentemente verificando. Hoje existem mais nações no mundo do que há cem anos. E ainda não ficamos por aqui. Olhem os Bascos, os Galegos, os Corsos, e tantos que neste momento querem justamente não ter que partilhar os seus destinos juntos, porque a diferença os incomoda. Então porque razão insistem meter-me em casa gente que não convido? Espanha está a sofrer a violência porque há gente que gosta de exibir a sua própria bandeira. Na Galiza também se queixam de séculos de ostracismo e de aculturação e limpeza do seu dialecto próprio. Quem fizer algo mais, corre o risco ser considerado terrorista. É bom que se vá sabendo entre nós os nomes de quem defende, envergonhadamente, ou apoia projectos suicídas destes. Em Portugal só há uma coisa que me fará clandestino: a defesa do meu país. Chamem-me agora chauvinista, nacionalista, patrioteiro. Não me chamem é depois terrorista.
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