03 fevereiro 2007

O cheiro da Drogaria


Já aqui antes escrevi sobre o fascínio que é e a diferença que faz comprar um livro numa livraria ou num hiper mercado. Menos uns cêntimos não justifica o aniquiliamento das livrarias por asfixia financeira, porque elas serão sempre o tranquilo espaço que o livro e a cultura merecem.

Desta vez é sobre outro fascínio mas também uma redescoberta ocasional que confesso, a longa ausência ampliou. Passava por uma drogaria na baixa de Lisboa, e vi um suavíssimo pincel de barba de pêlo de um pobre animal que não terá sido consultado sobre a sua cedência, ao qual não resisti. Há muito que não entrava numa drogaria e aquele misterioso cheiro que ainda hoje não identifico com qualquer uma substância, mas que é igual em todas elas e continua a ser o mesmo, remeteu-me para a infância. Ali estavam, não um, mas alguns vinte modelos de pincéis de barba de altíssima qualidade. Estojos de unhas, não um, mas uma dezena de bonitos modelos. E lá estavam os sabonetes de algas e alcatrão que não encontro no hiper e os limpa metais e as colónias refrescantes, a cânfora e as cêras e até a pasta Couto. Imperdível !!! - Isto, já era a amiga Gina (desculpa: Georgina, porque estamos em público) que dizía quando lhe fazía o relato e descobri que também ela tem um fascínio por aquele cheiro e usa a Drogaria.


Vou descobrir qualquer coisa para comprar outra vez ...

1 comentário:

Unknown disse...

Gostei do blog :)) Prometo voltar sempre que tiver tempo!