01 fevereiro 2008

A Jornalista e o Bastonário

Vou ter que rever o meu conceito de Populismo, depois daquela loura que entrevistou o Bastonário ter levado a noite a perguntar-lhe: quem?, tendo como objectivo principal obter uma caixa jornalistica, esquecendo a entrevista. A provocatória foi constante nas perguntas e a acusação de populismo que pôs em cima da mesa foi o golpe soez na boa fé de Marinho e Pinto, que sentiu a vilania da intenção. Como eu o entendi naquele momento.

Há neste círculo pequeno que é Portugal uma moda de usar e estar na política. Mexer neste status quo provoca a injeva dos incomodados. Entrar neste clube de elite onde todos se conhecem, sem ser convidado e alterar as regras do clã, será sempre um suicídio porque as desavenças esbatem-se todas no afã de proteger a casta. Percebo agora melhor o que pode ser a poderosa arma da acusação de Populismo. Vejo agora que não vão faltar acusadores, porque este clube tem tentáculos infiltrados por todo o lado. Para além deste universo partidário, estão também familiarmente na Comunicação Social onde temos cada vez mais mercenários da palavra e uma confrangedora falta de Jornalistas, estão na Finança, no Estado, no Autárquico, estão por aí a beneficiar desse condomínio fechado que todos se afanam em proteger. Desanima porque acreditei neles, vê-los correr a apagar este fogo, misturando-se naquela mole de vendidos, o problema é que muitos não se dão conta que já foram assimilados pelo monstro que julgam combater.

Não tirem alguns leitura errada deste post, porque não perdi ainda esperança nos ideais desta República.

1 comentário:

Ricardo Sardo disse...

Exactamente!
Os factos sõ são notícia se vierem acompanhados por pelo menos um nome. Só se vendem jornais, se houver figuras públicas envolvidas. É assim o nosso jornalismo: apenas o sensacionalismo traz receitas. Porque o povo quer é sensacionalismo.