O exemplo do Portugal triste que não quero está aí pasmado nas reacções mais absurdas a uma falta mal assinalada, apesar de corriqueira nos fins de semana da bola. Por causa disto, já houve trolha, pela primeira vez deitada fora uma medalha numa prova oficial, e pela primeira vez reclamada a sua não aceitação, há demissões na direcção da Liga, há treinadores que choram, há dirigentes em desespero por não conseguirem ganhar o troféu de que foram os maiores impulsionadores, há um senhor Dias Ferreira na TV a reclamar que o clube não castigue o jogador que agrediu o árbitro, este senhor é para além de comentador residente, advogado (?!), ex-dirigente do Sporting, irmão de sangue da família laranja, mas para mim sobretudo, incendiário desportivo com declarações destas e outras que lhe costumamos ouvir. De repente, lembro-me que o Sporting tem como ídolo o único jogador português que agrediu violentamente um treinador nacional, e foi recebido no estádio em delírio. Não deve ser por acaso. Há ainda, en passant, um árbitro ameaçado de morte e há um clube pateticamente em histeria: o Sporting. Que exemplo ou sinal acha um clube destes estar a dar da nossa imagem, sobretudo aos jovens que gostam de futebol? Toda a gente viu o que aconteceu, só o Sporting não. Coisas recentes aconteceram ao Benfica, ao Braga, ao Rio Ave e a outros. O árbitro errou e veio depois de visionar o lance reconhecer isso mesmo. Eu próprio, só depois de rever a imagem confirmei que apesar da inflexão do braço, que engana os árbitros, a bola só é jogada afinal com o peito. Erradamente induzido pelo alarido apitou, e a confirmação só veio afinal do outro árbitro que também foi enganado pela dinâmica do lance. O Sporting parece agora, perante o exagero das suas reacções descabeladas, assentar as suas lamurias no facto de não ouvir uma palavra de dirigentes, particularmente do Benfica. Coisa estranha esta, o poder de acalmia reclamado!
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Entretanto as Juves, os Boys e os Ultras vão-se alimentando do veneno destilado pela irresponsabilidade destes senhores que ganham balúrdios com o futebol que supostamente deveriam defender. Quem lhes corta o pio?
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