16 setembro 2011

Ainda à solta?









Quem o prende? Cavaco Silva não é, foi lá e escondeu-se. Jaime Gama, o tal bacoco do Bokassa, não é. Guilherme Silva, o seu famigerado defensor no continente, também não. Passos Coelho e os anteriores foram o seu apoio. Depois, os madeirenses eram em 2007, 231 606 votantes, destes, só 140 697 resolveram ir votar e 90 377 votaram em Jardim, ou seja, 39% dos madeirenses são co-responsáveis pela eleição do seu bem amado líder e por este descalabro que o povo português conheceu hoje estarrecido, porque vai ser chamado a pagar, depois de ter pago durante anos os deficits orçamentais que obrigavam a por o taxímetro a zero antes de fazer-se o orçamento da nação. Mas p****, não é justo! Não é justo e temos o direito de romper-lhe os tímpanos. Deveríamos até ter o direito de nos furtar ao pagamento daquela dívida na parte que corresponde à desses co-responsáveis idiotas, porque toda a conduta deste carroceiro ao longo de anos foi a da confrontação com o povo português, para quem já fomos o pior na sua boca e a quem eles achavam muita graça no Chão da Lagoa. Para o PSD, ele era só carinhosamente truculento, um dos seus enfant terríble.

Mil cento e treze milhões de euros não é um jardim, é uma densa floresta de desonestidade nas contas. Aquele povo hipotecou com a sua falta de atenção cívica o seu futuro, não só por esta razão, mas ainda porque o modelo que Jardim escolheu para o seu desenvolvimento não é saída em lado nenhum do mundo. Uma armadilha está montada para deflagrar todos os dias nas próximas décadas e também não é justo o ónus de impopularidade que vai recair sobre quem pegar nas contas a seguir. Os responsáveis estão aí. São conhecidos.

Entretanto, Jerónimo não encontra melhor comentário do que criticar quem procura um ajuste de contas com Jardim. O que é isto? Um piscar de olhos ao eleitorado que vai desertar de Jardim, que cairá melhor para o lado de quem tiver com ele alguma compaixão? Ou obnubilação pura e simples que ofusca os alvos? É este sectarismo que nunca fará este PC ser consequente: aproximar-se da área da governação. Por vezes, parece até preferir este modelo. O problema não é Jardim: é “quem procura ajuste de contas”…Voilá!

2 comentários:

Anónimo disse...

A culpa é de quem deixa esse louco desonesto andar à solta há tantos anos.

A Justiça é lenta mas esse Jardim devia ser imediatamente constituído arguido e ficar em prisão preventiva. Para ele o "poder" tem de acabar

Graza disse...

Tem que deixar o “poder”? Sim, mas aquela cultura? O problema, está lá, Jaime Ramos por ex: vi-o espumar pelos cantos da boca em discursos inflamados, pronto a dar tiros e ele foi, ou é na Madeira, o número dois, embora o seu negócio seja agora o negócio. Não vai ser fácil fazer a revolução que aquela ilha nunca teve, porque sempre anuiu àquela democracia que Jardim impôs. A democracia não é um sistema perfeito, porque é também dela que se servem os seus usurpadores. A história europeia diz-nos isso.