O Professor Sampaio da Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, disse um dia destes de cabeça erguida, de uma forma eloquente e generosa: “Sinto-me ateniense e grego, e não cidadão deste mundo, um mundo de manajeiros, de tecnocratas sem rosto, de ‘mãos invisíveis’ que ninguém controla”. Era também nesta forma altiva que gostaria de ver o outro professor exibir-se lá fora, e não com a arrogância parola com que diz que “Portugal não é a Grécia”, como se estivesse a ensinar geografia a meninos no seu economês requentado! Os gregos não merecem esta conversa da treta, como nós não merecíamos o desaforo do presidente checo que ele não soube conter, ou mais recentemente o dos finlandeses, e é com esta falta de solidariedade em efeito dominó que se está a desconstruir a Europa, que a bem dizer nunca esteve. Os alemães, têm outra vez uma estratégia e têm outra vez colaboracionistas, gente descartável, trânsfugas mais repugnantes para eles do que os vencidos de onde vêm.
2 comentários:
“Sinto-me ateniense e grego, e não cidadão deste mundo, um mundo de manajeiros, de tecnocratas sem rosto, de ‘mãos invisíveis’ que ninguém controla”.
Eu exprimi esta ideia de uma forma mais contudente e agressiva: "Estamos a assistir à invasão dos actuais bárbaros do centro da Europa, herdeiros dos vândalos, dos alanos e dos visigodos que, no sec.V, invadiram e destruiram o Império Romano". Talvez a senhora Merkel seja uma descendente de Alarico I,o rei visigodo que saqueou Roma, em 410 da nossa era.
E perante isto: o silêncio dos outros. De facto, o egoísmo que leva ao silêncio é uma arma com que os maus contam sempre.
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