29 fevereiro 2012

Como sonhei com a Troika.

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Era ali que tomava o café das manhãs e o refresco nas tardes de Verão, e com o Charles acabava a zurzir nas catroguices deste país. Mas o efeito conjugado da crise com uma renda usurária, puseram fim a mais um estabelecimento na cidade. Virá outro empresário incauto com o qual o proprietário não terá contemplações porque para ele só há uma coisa sagrada: o sacrossanto “valor de mercado”. O mesmo que uma grande instituição do país com um vasto património imobiliário, diz que é o que lhe serve de base para os seus arrendamentos ainda que as lojas estejam meses e anos sem aluguer, apenas e só porque “não é sua política baixar os preços dos arrendamentos”. E assim se faz o valor de mercado em Lisboa.

Podemos desenhar o que vemos mas com um esforço de memória também o que sonhamos, e foi o que aconteceu. Talvez com a crise a fundir os neurónios, acabei por levar isto para uma noite de sonhos, e o Café amplo e asseado virou num tugúrio estranho e claustrofóbico. Aquele sonho/pesadelo transformou os dois empregados, em três mulheres muçulmanas, ou ciganas, não sei bem o que eram, que apenas me fitavam sem responder aos meus pedidos. Porquê três? Só encontro uma razão: tr <> troika.

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