13 setembro 2012

Da indignada Roseta, a Nogueira Leite.




Uma indignação como esta da Helena Roseta, não tem mais valor do que a minha ou a vossa, mas também não lhe é inferior só porque não se gosta dela. Tem no entanto mais importância por razões de visibilidade e impacto, porque não é normal assistirmos naquele programa a indignações tão veementes. É por isso que em circunstancias destas são descabidos comentários como estes que leio no Expresso, e têm certamente muitos subscritores: “É uma 'alegria' ouvir uma senhora como Helena Roseta, que sempre andou colada aos partidos, falar como fala. Ela acha que alguém acredita na sua indignação? Ela faz parte da mesma classe política que tem inviabilizado o País.“ (…) Ou seja, só a nossa indignação é que é a verdadeira?

Ande eu pelas franjas politicas em que andar, há uma coisa que nunca quero que aconteça, que é ter medo de pragmatismos por imperativo ideológico. É que aquela indignação é muito diferente de uma outra indignação que ouvimos, a do Nogueira Leite, que disse que: “Se em 2013 me obrigarem a trabalhar mais de sete meses só para o Estado, palavra de honra que me piro" (...), um tubarão daqueles, com cadeira dourada na CGD! Querem comparar estes dois níveis de indignação?

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