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04 março 2014

A propósito de “- Precisa de saco?”

Se por um lado não podemos todos optar com êxito pelo regresso imediato à sustentabilidade de uma vida fora da caixa onde estamos metidos, por outro, é dramático projetarmos o futuro, e parecer-nos estar agora num ponto de não retorno. O triunfo do egoísmo plasmado na ascensão imparável do neoliberalismo pela mão da política, mesmo até daquela que supostamente sempre esteve mais próxima dos grandes valores do Humanidade, deixa-nos sem grandes esperanças de poder reverter o processo antes que um qualquer desastre - dito regenerador - no Mundo, a reponha. Chego a acreditar na cabala que circula, de que há por aí um desígnio a congeminar-se nesse sentido e paradoxalmente, nunca o Homem teve como hoje, projetistas da vida em sociedade tão capazes de oferecer soluções que livrem as nossas filhas, no futuro, da caixa de um supermercado e do tapete rolante das compras. Aquela teoria maquiavélica, não é assim uma coisa tão abstrusa, - lembremos que a “Solução Final” não foi até nenhuma obra de ficção, saiu da cabeça do Homem, é que as hordas de pobres do mundo já têm agora acesso ao conhecimento que não tinham antes, dos excessos com que vivemos, e ninguém os vai conseguir deter na exigência de terem também esse direito: um emprego na caixa de um supermercado. A pressão já é grande, mas muito em breve se tornará insuportável. Alguma coisa de fundamental o Homem teria que impor a si próprio porque o triunfo deste neoliberalismo rapace faz parecer aqueles momentos dramáticos do assalto a uma coluna de alimentos na chegada a um campo de refugiados famintos. Estamos a viver um estertor político comparável, onde tudo vale, só falta tirar olhos.

23 janeiro 2009

Made in Portugal

“Por todo o país há empresas que fazem coisas boas. São inovadoras, criativas, tecnológicas, ousadas. Algumas brilham lá fora mas são desconhecidas cá dentro.” Do programa Made in Portugal, na TSF.

A notícia da subida de 5 lugares no ranking europeu do desenvolvimento tecnológico, faz-me referir este programa que ouço na TSF, sobre as nossas empresas que estão a fazer produto com qualidade a nível mundial. São empresas novas que herdaram uma característica que existe um pouco na matriz dos portugueses: somos inventivos, criativos e com um "desenrasca" muito nosso. Em tempos, concorríamos mesmo ao Salão de Inventores na Europa e trazíamos todos os anos prémios que depois não tínhamos capacidade para desenvolver ou patentear, acabando a maior parte dos inventos por serem aproveitados por outros.

Esquecendo o actual período da recessão global, talvez estejamos a entrar num novo ciclo em que, obrigados pelas conjunturas, transmitimos essa força a empresas que beneficiam agora da ascenção de gente com uma formação académica diferente da anterior geração de empresários, que tinha apenas formação liceal, quando tinha. Este programa, poderia ser complementado com outro que relatasse o que se passa igualmente ao nível da investigação individual, onde há cientistas a produzir e a publicar trabalhos.

Acredito que possamos estar a mudar de paradigma, embora com mudanças pouco visíveis no curto prazo. Se há uma coisa que nunca me verão fazer, é chacota pelos entusiasmos desmedidos de Sócrates com as suas inovações ou planos tecnológicos, sejam eles os Simplex ou os Magalhães, porque não são divergências políticas que me obrigarão a criticar por uma questão de circunstância. O que me recuso, é a chorar sobre o leite derramado. Um dia, teremos o retorno da aposta, é impossível que não aconteça.

Ouçam então neste link: do Made in Portugal, clicando depois no Arquivo de Emissões, podem ouvir vários casos por exemplo, o inicio que começa com a Ydreams.