22 maio 2008

O que vão fazer do Tejo?

Há alguns anos atrás esteve em preparação uma acção sobre a zona ribeirinha de Lisboa, chamada POZOR, que um acto cívico encabeçado por Miguel Sousa Tavares, ao qual terei sido porventura um dos primeiros a escrever a dar apoio e pedir o seu maior empenhamento, acabou por salvar da barbaridade que ía cometer-se naquela frente de Lisboa. Se analisarmos os motivos que levavam àquele retalhamento da frente ribeirinha, verificamos facilmente que estavam em jogo interesses económicos/imobiliários e não urbanísticos, e em cuja fotografia a Administração do Porto de Lisboa e um tal Ministro do Mar Azevedo qualquer coisa, ficaram muitíssimo mal. Conseguimos o redimensionamento daquilo tudo e salvamos a frente de rio.

Voltam agora a haver preocupações com algumas opções definitivamente estruturantes daquela zona, que legitimamente deveremos voltar a questionar, porque na maior parte das vezes, os poderes que elegemos, se deixam contaminar por um lobby que não dorme na intoxicação dos valores que importam mais á comunidade do que à sobrevivência dos seus interesses especulativos.

Tenho por Helena Roseta o respeito que me merecem as pessoas que se dedicam às causas em que acreditam, e as germinam por vezes muito tempo no alheamento e inacção de um povo que se habituou nessa falta de participação cívica. Helena Roseta é arquitecta, já foi presidente de uma Câmara, foi Bastonária da sua Ordem, deputada e agora vereadora, e pelo que conheço dela, uma apaixonada pelas tarefas em que se empenha. É inegável que com este curriculum não confunda qualquer nuvem por Juno e uma preocupação sua em matéria urbanística possa ser por nós entendida como um sinal de alerta e merecedora do nosso apoio.

Por economia de post e para vos poupar, deixo aqui este link: O que vão fazer do Tejo?, retirado da página dos Cidadãos por Lisboa que é obrigatório ler, avisando que ainda voltarei ao mesmo tema. Não é preciso ser habitante de Lisboa para nos interessarmos pela gravidade do que nos pode acontecer naquela zona, devido ao secretismo e falta de debate público democrático que acompanham normalmente estas acções. É o nosso dinheiro e o usufruto da cidade que estão em jogo.
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