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14 março 2009

Sobreiros, outra vez?!

(Reeditado)
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Depois daquele, foram mais este e este atentados em Setúbal e agora, mais este com umas centenas deles em Almeirim, ocorrências com poucos dias de intervalo, tão próximas que até parece que umas estão a encorajar as outras. Já não sei o que pense deste país em que as leis se suspendem para voltarem a valer depois ao sabor dos interesses ocasionais e locais, nem sei o que pense acerca desta fúria assassina com os sobreiros. Só encontro uma explicação: Ninguém pagou ainda com o pelo na prisão aqueles atentados, e quando há penalizações elas cobrem as mais valias geradas. Só pode ser isto. De outra forma ninguém arriscaria ficar uns tempos à sombra misturado com meliantes sujeito a vir de lá a pegar de empurrão. Só quando isso acontecer os sobreiros deixarão de cair. Mas confesso, gostava de ver alguns a sair de lá de rabo assado.
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Reeditei o post, porque mal sabia que enquanto incluía o link do assunto de abertura deste texto, ele voltaria a estar na ordem do dia. Vejo agora num telejornal e confirmo aqui no JN que há ainda quem tenha o mesmo entendimento e sinta a mesma revolta pela forma como tudo isto se faz em Porugal. Mas está dificil, como pode ler!
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12 março 2009

Setúbal vs. Sobreiros

Quando os autarcas de Setúbal não encontram outra forma de gerir um município, ou atrair investimentos para a região que não seja à custa da desmatação do concelho, arrancando sistematicamente sobreiros, uma árvore protegida, como já o deixaram fazer aqui, por razões comerciais, está chegada a altura de dar lugar a outros que o consigam fazer sem ter que vender os dedos juntamente com os anéis. Agora, foi autorizado o abate de mais de uma centena de árvores para instalação do centro de aprovisionamento de uma empresa comercial!... Repito, comercial, sim, porque comércio até parece ser aquilo que mais falta faz neste país. Já fui a favor da regionalização, mas cada vez me convenço mais que autarcas destes sem freio, hipotecariam o resto do país.
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12 fevereiro 2009

Sobreiros ou Shoppings?

O Sobreiro, símbolo da floresta mediterrânica e a âncora da preservação do frágil habitat do montado alentejano e a única que juntamente com a azinheira dá àquelas pobres terras a nobreza de não se resignar perante a dureza com que suporta os rigores do tempo ao longo de séculos, foi hoje barbaramente atacado com um desprezo chocante, em Setúbal. Não lhe tinha já bastado este crime e a doença que o mina, que se tenta combater, e teve agora mais este atentado. Foram hoje começadas a ser arrancadas, serradas, 1331 árvores, algumas com mais de cem anos, para que uma empresa imobiliária, mais uma, implante ali um Centro Comercial, mais um, com casinhas à volta, e que a Câmara de Setúbal, o Ministério do Ambiente e o da Agricultura, consideraram projecto de suficiente interesse nacional para que justificasse esta barbaridade.

Defendi Sócrates na campanha do Freeport, pelas razões aqui apresentadas, mas não entendo desta vez como foi capaz de admitir que um Centro Comercial com um aldeamento à volta é de suficiente interesse nacional. Depois, a vilania do promotor que manda atacar aquelas árvores à pressa sabendo que pode chegar a qualquer hora a ordem de suspensão do abate, pelo recurso interposto pela Quercus é revoltante, é criminoso e aqui tem a comunicação social uma tarefa útil: traga cá para fora todos os nomes dos actores envolvidos nesta peça para os conhecermos e fixarmos os seus nomes. Não haverá por aí uma lei que prenda gente desta, ainda que armados da lei?

Reedição: Esta miséria fede tanto que me fez truncar o interesse do projecto. É interesse público e não nacional, ou seja, um interesse subalterno na galeria dos interesses. Pior ainda. Mas devo esclarecer que, relendo o que escrevi, utilizei uma palavra para classificar os intervenientes que não me orgulho de ter escrito. Rectifico assim sem grande custo, o erro que eu próprio detectei.
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