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10 julho 2012

Já não é pela via democrática?

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Se disser que com esta Democracia já não vamos lá, e que só uma Revolução pode resolver a questão, talvez corra o risco de poder ser acusado de instigação à revolta e à insurreição pública etc. etc. Contudo, o rol de intervenientes que podemos imaginar nos links que seguem e que são responsáveis pelo estado do país, poderão continuar a depredação da nossa economia sem que ninguém os incomode. Este é um dos sintomas da doença da nossa democracia: eu que clamo pela Ética e pela Justiça posso ser condenado por incentivar a formas ilegais de o conseguir, mas não uma ilustre personalidade de colarinho branco que se governe à nossa conta por entre os buracos da lei, sugando-nos a vitalidade, vivendo tranquilamente não num resort em Cabo Verde, mas em qualquer mansão em Cascais com o dinheiro que nos roube. O recorte do CM de ontem e os vídeos que seguem são o exemplo de que chegamos ao fim da linha. Já não tenho dúvida que não é através do sistema eleitoral que conseguiremos alterar este estado de coisas. As emendas a fazer no país são de tal ordem que só um reset ao sistema pode possibilitar uma regeneração. O Medina diz ali num vídeo que ninguém pega nisto, nem Presidente da República nem ninguém, e a nossa estupefação é essa: estamos todos a chegar à mesma conclusão. Isto já não se faz pela via democrática, e é aqui que todos encalhamos pelo horror que temos a qualquer forma de ditadura. Mas qualquer coisa vai ter que acontecer antes que aconteça o que não queremos. E se uma ditadura for.

Vou parar. Mas por agora, pelos vários risco em que incorro escrevendo a quente. Entretenham-se a ouvir esse desfile de horrores, tendo presente que isso é a ponta do iceberg e que do resto nunca saberemos:

08 julho 2012

Este país não é de todos...


Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo, SIC Notícias, em 5 de Julho.

As opiniões de Pedro Marques Lopes no Eixo do Mal, e Pacheco Pereira na Quadratura do Círculo, são, enquanto jornalistas/políticos de direita, o melhor exemplo de até onde já chegou este mau estar nacional. Pacheco foi ouvido na sessão deste vídeo, durante mais de 15 minutos seguidos, numa conversa reveladora sobre o Poder e as práticas instaladas nos partidos políticos. Vale a pena ouvi-lo colocando a barra do tempo a partir do minuto 15’ até aos 29’.

Este é mais um testemunho de que não é pela via eleitoral que resolveremos a questão. A Democracia deixou-se aprisionar num sistema vicioso. A dúvida é como sair disto sem ter que infringir a lei como infringiu recentemente o deputado Coelho na Madeira, e com o qual concordámos.



28 junho 2008

Custos da nossa impotência

Sugiro a leitura deste post e comentários, no Ponte Europa, de onde importei o recorte.
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Certo. Já todos fizemos o diagnóstico e a maioria concorda que é um escândalo o que se passa. Mas, ... e agora? Como pode o país sair desta? Assistimos e arrepelamo-nos por estar a ver nas nossas barbas o assalto ao celeiro onde guardamos as reservas de toda a comunidade, em que de uma só vez alguns tiram, legalmente, o sustendo que bastaria a milhares de famílias. Sabemos que ninguém vai mudar nada porque os que o podem também vão aproveitar no futuro, por isso, assistimos a este silêncio que se segue às denúncias que todos os dias se fazem e nos caem no correio, porque eles sabem que é assim que o sistema funciona: ... é preciso deixar marinar, com o tempo passa, é uma questão de inveja. Como já ouvi. Já é um processo que vem de longe e o Eça emoldurou isso muito bem. Os deputados calam, os governos assobiam e os tais gestores tão premiados e responsáveis pela trampa desta economia, disfarçam. Seria até estranho, estão a ver algum destes senhores desatar a tirar a ricos para dar a pobres? Que coisa bizarra! Como se pode então mexer numa trama de interesses assim montada? Esbarra-se sempre no argumento da questão do Estado de Direito, hipotético digo eu, que não nos permite agora argumentar a sua violação, porque é mesmo disso que se trata, quando ele Estado, permite que nele se constitua assim um Direito, quanto mais um Estado. Isto é um pouco kafkiano. Só vejo uma saída, mas estarmos na Europa complica tudo e seria dramática, mas era remédio santo. Os sinais que por aí há já são preocupantes. Depois, virão perguntar porquê e não faltarão novamente Delgados e Goebbeis a fazer-nos vomitar com a propaganda que suporta tudo isto.

Entretanto, visitamos o Papa que ele dá-nos uma bênção, e impotentes, como numa Idade Média vamos assistindo ao saque por esta nova espécie de oligarquias, até que nos peçam outra vez para gostarmos deles, e que novos sorrisos surumbáticos coloquem num próximo 10 de Junho, mais medalhas nas lapelas de quem se distinguiu, e nos virão outra vez falar na porra da nossa “Raça”.


19 outubro 2007

Malalai Joya


Não é publicidade ao DOC Lisboa se vos aconselho a passarem pela Culturgest ou pelo Cinema Londres e ver a repetição da história de Malalai Joya, candidata às primeiras eleições à Assembleia Nacional Afegã, em 30 anos, e que o documentário “Enemies of Happiness” registou. A corajosa luta pela Democracia e pelos direitos da mulher no país das burkas, desta lutadora, merece o reconhecimento internacional e todo o nosso apoio. A página oficial que se criou, Defend Malalai Joya, serve para que lhe possam fazer chegar as mensagens e segundo a realizadora, existem dificuldades financeiras na família motivadas pelo inevitável cerco, podendo a contribuição ser feita na mesma página, onde se sugerem outras formas de ajuda urgente.

São dois grandes olhos negros num espanto de mulher, cuja única arma é a coragem num país cuja cultura quase a proíbe. Dê uma vista nos link da página e mesmo que isto não seja como o Free Burma, faça alguma coisa.


02 maio 2007

"As Mãos Sujas"

A propósito do debate que aqui vai no Ponte Europa.

O PSD do Continente não poderá nunca lavar as mãos desta vergonha. Este estígma vai ficar-lhe colado como imagem de marca, quer queira quer não, porque haverá uma altura em que vai querer tirá-la de cima, mas aí será tarde e não consentiremos. Eles são no Continente o “advogado” de Alberto João Jardim e é bom que um dia não o esqueçam.

Condenar um povo é mais complicado, porque os povos que exaltam estes figurões são os mesmos que os enforcam. Os povos são nos momentos analisados, os culpados, mas nunca o são de todo. Há motivos históricos que estiveram na base dos seus atrasos cívicos e culturais que a evolução se encarrega de alterar e por vezes essa evolução vem de forma rápida – revolução - e revoltar no nosso dicionário significa indignar. Os portugueses por exemplo, tiveram essa aprendizagem que julgo que a Madeira não teve com a mesma expressão, no primeiro 1º de Maio. Alguns dias antes, ninguém sabia o que era a felicidade que naquele dia tinham estampada no rosto. No caso da Madeira, temos que esperar o tempo deste povo perceber o arremedo de democracia em que anda. Faz pena ver a forma como aquelas pessoas respondem perante uma câmara de televisão e numa grande parte nota-se o comedimento e o calculismo das respostas, é uma sociedade manietada, dependente dos engodos que Jardim lhes tem dado, só quando perceberem que Jardim os tem usado como bonifrates da sua interpretação de democracia, os madeirenses se indignarão, mas nessa altura Jardim já cá não estará, e ter-se-à encarregue de semear por aquelas cabeças laranjinhas a forma de continuar a fazer aquele teatro de saltimbancos. Lamento profunda e sinceramente, porque eu não conseguiria, pelos verdadeiros democratas que têm que viver a claustrofobia daquele cerco.

Por enquanto, só nos resta ir comendo banana da Madeira em vez da Venezuela, para que o produto não vá apodecendo por aí, e o déficit seja maior.